Orquídeas no Apê

Blog sobre o Cultivo de Plantas
dentro de Casas e Apartamentos

Sergio Oyama Junior


Orquídeas no Apê
Orquídeas no Apê
MENU

Orquídeas

Suculentas

Cactos

Plantas Ornamentais
Orquídeas no Apê
DESTAQUES

Espécies de Suculentas

Espécies de Orquídeas

Espécies de Cactos

Espécies de Plantas Ornamentais

Suculentas de Sombra Orquídeas de Sombra

Suculentas de Sol Pleno Orquídeas de Sol Pleno

Fotos de Orquídeas Fotos de Suculentas

Orquídeas no Apê

Avenca Roxa - Oxalis hedysaroides 'Rubra'


Oxalis hedysaroides 'Rubra'
| Oxalis hedysaroides 'Rubra' |

Existe um pequeno grupo de plantas cujas folhagens fogem ao lugar comum imposto pelo onipresente verde, em suas mais diversas tonalidades. É o caso da espécie Oxalis hedysaroides 'Rubra', cujo nome popular mais comumente utilizado é avenca roxa. Também há quem a chame de avenca roxa rubra. Na verdade, suas folhas apresentam um tom de púrpura que tende ao vermelho, algo como o burgundy ou bordeaux

Outros apelidos frequentemente atribuídos à Oxalis hedysaroides 'Rubra' são avenca japonesa e azedinha. No entanto, as avencas verdadeiras pertencem à família botânica Pteridaceae, o que não é o caso da avenca roxa. Ela é parente do popular trevo roxo, cujo nome científico é Oxalis triangularis atropurpurea. As diferentes espécies do gênero Oxalis fazem parte da família Oxalidaceae.


A avenca roxa é conhecida por apresentar altas concentrações de ácido oxálico em suas folhas, originando-se deste fato o nome popular azedinha. Não se trata de uma substância tóxica. De fato, muitas espécies do gênero Oxalis são consideradas PANCs, plantas alimentícias não convencionais. O sabor ácido destas espécies costuma dar um toque especial às saladas. No entanto, existem relatos de que o ácido oxálico, se ingerido em grandes quantidades, pode causar algum tipo de intoxicação, principalmente em crianças e animais domésticos.

Em países de língua inglesa, a avenca roxa é conhecida como fire fern, algo como samambaia de fogo, graças à coloração avermelhada de suas folhas. No entanto, como sabemos, também não se trata de uma samambaia verdadeira.

Assim como acontece com o trevo roxo, considerado comum demais, no Brasil, a avenca roxa recebe mais destaque em países do hemisfério norte, onde costuma ser cultivada como planta ornamental, principalmente em ambientes internos. Trata-se de uma típica windowsill houseplant, planta de interior cultivada nos parapeitos das janelas.


A espécie Oxalis hedysaroides é originária do continente americano, ocorrendo nativamente em países como Colômbia, Venezuela e Equador. A avenca roxa aprecia as temperaturas amenas e constantes ao longo de todo o ano, típicas de regiões tropicais, de modo que sua adaptação aos ambientes dentro de casas e apartamentos é bastante facilitada.

Para que a avenca roxa adquira a belíssima tonalidade avermelhada de suas folhas, é necessário que seu local de cultivo receba bastante luminosidade, inclusive com algumas horas de sol direto por dia, no início da manhã ou final da tarde. Durante as horas mais quentes do dia, convém proteger a planta com uma cortina fina ou tela de sombreamento.

As flores da avenca roxa podem surgir ao longo de todo o ano. Estas estruturas apresentam cinco pétalas em um tom bem vivo de amarelo, que contrasta lindamente com a superfície púrpura da folhagem. Quanto mais iluminado for o ambiente de cultivo, mais abundantes serão as florações da Oxalis hedysaroides.


Da mesma forma que outras espécies do gênero, a avenca roxa move suas folhas constantemente, ao longo do dia, em resposta à luminosidade incidente. Durante a noite, as folhas se fecham, como borboletas em repouso. 

A avenca roxa pode ser cultivada em um solo composto por terra vegetal e matéria orgânica, em partes iguais. Substratos adubados, próprios para o cultivo de folhagens em geral, podem ser comprados prontos para o uso. O importante é que o material seja bem aerado, fértil, pouco compactado e facilmente drenável.

O vaso mais prático para o cultivo da avenca roxa é o de plástico, por ser mais leve e apresentar a capacidade de reter a umidade do solo por um período mais prolongado. O substrato deve ser mantido sempre levemente úmido, nunca encharcado. É importante reduzir a frequência das regas durante o período em que a Oxalis hedysaroides encontra-se em seu período de dormência, tipicamente durante os meses de inverno.


A avenca roxa forma um pequeno arbusto que chega a trinta centímetros de altura, apresentando um porte mais alto em relação aos trevos em geral. Esta é uma planta que se desenvolve bem tanto em ambientes externos como internos. Podas periódicas podem ser realizadas para controlar o tamanho da planta, bem como estimular o adensamento de sua folhagem.

Esta é uma planta que não necessita de uma adubação muito intensa, uma vez que o substrato já é rico em composto orgânico. Uma adubação mineral, complementar, do tipo NPK, pode ser fornecida durante a fase de desenvolvimento da avenca roxa, principalmente ao longo dos meses mais quentes do ano. Uma fórmula própria para a manutenção de folhagens é suficiente para garantir um bom desenvolvimento da Oxalis hedysaroides 'Rubra'. Durante o período de dormência, a fertilização pode ser suspensa.

A propagação da avenca roxa é bastante tranquila. Podemos aproveitar as estacas resultantes das podas de manutenção, bastando colocá-las para enraizarem em um novo vaso. A melhor época para a realização deste procedimento é o início da primavera, quando as temperaturas encontram-se em elevação e o metabolismo da planta está mais ativo. Esta é uma espécie de Oxalis que pode ser multiplicada frequentemente, de modo que novas mudas podem ser distribuídas entre parentes e amigos.


Pouco valorizada em terras tupiniquins, como planta ornamental, a avenca roxa é ideal para compor as urban jungles, florestas urbanas, por ser resistente, de fácil cultivo, e apreciar temperaturas amenas. Além disso, por apresentar um porte compacto, cabe em qualquer canto, desde que seja bem iluminado. Por fim, eventuais mordiscadas em suas folhas, por parte de gatos curiosos ou crianças espevitadas, não vão resultar em um acidente mais sério. Convém, no entanto, ficar de olho, já que a ingestão de ácido oxálico em excesso pode causar problemas gástricos.