Orquídeas no Apê
MENU

Orquídeas

Suculentas

Cactos

Plantas Ornamentais
Orquídeas no Apê
DESTAQUES

Espécies de Suculentas

Espécies de Orquídeas

Espécies de Cactos

Espécies de Plantas Ornamentais

Suculentas de Sombra Orquídeas de Sombra

Suculentas de Sol Pleno Orquídeas de Sol Pleno

Fotos de Orquídeas Fotos de Suculentas

Orquídeas no Apê

Cacto Rabo de Rato - Disocactus flagelliformis


Cacto Disocactus flagelliformis
Disocactus flagelliformis |

Os cactos pendentes, particularmente aqueles que se assemelham a caudas de animais, estão bastante em voga e fazem sucesso junto aos apreciadores de plantas. O cacto rabo de rato, cujo nome científico é Disocactus flagelliformis, apresenta a vantagem de requerer pouca manutenção, ser bastante resistente, de fácil cultivo e se desenvolver rapidamente. Além disso, ainda que aprecie ambientes com luminosidade em abundância, esta é uma cactácea que pode ser cultivada dentro de casas e apartamentos, não requerendo muitas horas diárias de sol direto para um bom crescimento.

Aqui no blog, já apresentamos o cacto rabo de macaco, Hildewintera colademononis, e o cacto rabo de gato, Cleistocactus winteri, espécies colunares, que se tornam pendentes com o tempo, adquirindo uma aparência exótica e bastante ornamental. Além de esculturais, todas estas cactáceas produzem belíssimas florações, em toda a extensão de seus caules cilíndricos e alongados, que variam de cor conforme o gênero e espécie.


As diferenças entre os cactos rabos de macaco, gato e rato estão na espessura do caule, bem como no tamanho, densidade e coloração dos espinhos, com aparência de pelos. O cacto rabo de macaco é aquele que apresenta o caule mais espesso e peludo. Os espinhos são brancos, longos e bastante densos, conferindo um aspecto felpudo à planta. Já o cacto rabo de gato apresenta espinhos mais curtos, na coloração amarela, que resulta no belo colorido dourado característico desta cactácea. Por fim, o cacto rabo de rato é o mais delgado dentre os três. Seus espinhos são mais curtos, acinzentados, e ocorrem de forma mais rala, espaçada.


Outra diferença importante é que, no caso do cacto rabo de rato, os espinhos são mais agressivos e podem machucar. Portanto, é importante que ele seja cultivado em vasos suspensos, fora do alcance de crianças e animais de estimação. Já os espinhos dos demais rabos, de macaco e gato, são mais maleáveis e não oferecem tanto perigo.

Esta é uma cactácea originária do México, tendo como habitat natural os estados de Hidalgo e Oaxaca, de onde também são provenientes várias outras espécies de plantas suculentas cultivadas com fins ornamentais. A espécie Disocactus flagelliformis também pode ser encontrada como Aporocactus flagelliformis. Em países de língua inglesa, o apelido é o mesmo, rat tail cactus. O nome do cacto rabo de rato, em italiano, é uma graça: cactus a coda di topo. Em latim, o nome científico desta espécie, flagelliformis, significa 'em forma de flagelo'.


Ao contrário dos cactos colunares ou globulares tradicionais, que vivem sob sol pleno intenso, no solo de regiões de clima árido, o rabo de rato apresenta um hábito epífito ou litófito, rupícola. Isso significa que ele pode se desenvolver aderido aos troncos das árvores ou sobre rochas, em meio a florestas de clima mais seco. Por esta razão, esta é uma espécie que aprecia a meia sombra, estando habituada à proteção que as copas das árvores lhe conferem contra os raios solares diretos.


Sendo assim, o cacto rabo de rato pode ser cultivado em um local próximo a uma janela bem iluminada, em ambientes internos. A planta pode receber algumas horas de sol direto, no início da manhã ou final da tarde. Em áreas externas, é importante que ela seja protegida do sol pleno, nas horas mais quentes do dia. Também nesta situação, é aconselhável que o Disocactus flagelliformis seja poupado da exposição a temperaturas muito baixas ou geadas, já que se trata de uma espécie proveniente de regiões de clima quente.

O solo ideal para o cultivo do cacto rabo de rato difere um pouco da tradicional mistura arenosa comercializada para suculentas, de maneira geral. Como se trata de uma espécie epífita ou rupícola, é interessante adicionar um material mais particulado, comumente utilizado no cultivo de orquídeas, como casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. Este substrato para epífitas pode ser misturado a um solo para cactos e suculentas, em partes iguais. A mistura final deve ser bem aerada, não compactada e rapidamente drenável.


É importante que o vaso, seja ele de plástico ou barro, tenha furos no fundo e uma camada de drenagem, composta por pedrisco, brita ou argila expandida. Para evitar que a porção arenosa do substrato escape pelo fundo, uma manta geotêxtil pode ser posicionada sobre o material particulado na parte inferior do vaso. Para que a água das regas não se acumule embaixo, é sempre recomendável evitar o uso do pratinho sob o vaso. O excesso de umidade junto às raízes do cacto rabo de rato é um fator que pode causar o apodrecimento destas estruturas, que se alastra por toda a planta.


Portanto, as regas devem ser espaçadas, ocorrendo somente quando o substrato estiver bem seco. Pode-se perceber que o momento de irrigar chegou quando o vaso estiver mais leve, e o solo seco ao toque com a ponta do dedo. Também é importante lembrar que a frequência das irrigações deve ser reduzida nos meses mais frios do ano, durante o outono e inverno.

O período de floração do cacto rabo de rato costuma ser a primavera. Sendo assim, para que este processo seja estimulado, convém fornecer uma adubação mais rica em fósforo, a letra P do NPK. Existem formulações próprias para estimular o surgimento de flores, à venda em lojas de jardinagem e garden centers. Esta composição pode ser alternada com uma fórmula de manutenção, com níveis equilibrados de nitrogênio, fósforo e potássio. No inverno, quando o metabolismo estiver mais lento, não é necessário adubar.


A multiplicação do cacto rabo de rato é bastante tranquila, ocorrendo mais facilmente através de estacas. Basta cortar um pedaço do caule e deixá-lo em um local sombreado e bem arejado, durante alguns dias, até que o ferimento seja cicatrizado. Depois disso, basta plantá-lo em um vaso separado. Para que a planta não fique feia, deformada com o corte, convém aproveitar o momento em que os caules mais antigos tornam-se pouco estéticos e cortá-los rente à base, removendo-os completamente. Desta forma, a aparência da touceira é revitalizada e os segmentos cortados podem ser utilizados para propagar a planta.

Também existe a possibilidade de plantar o cacto rabo de rato a partir de sementes, mas este é um processo mais delicado e demorado. Com seu aspecto exótico e escultural, facilidade de cultivo e adaptabilidade a interiores, o Disocactus flagelliformis é uma interessante aquisição para quem aprecia cactos e suculentas. Trata-se de uma espécie botânica capaz de se tornar o foco das atenções, em qualquer ambiente.

Publicado em: | Última atualização:





Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.

São Paulo, SP, Brasil