| Rhapis excelsa | |
Eis uma icônica planta de interior. A palmeira raphis, rafis ou ráfia, cujo
nome científico é Rhapis excelsa, está presente na decoração de quase
todos os ambientes internos que sejam agraciados com um pouco de verde. Isso
não ocorre por acaso. Bonita, altiva e ornamental, esta planta ideal para ser
cultivada dentro de casas, escritórios e apartamentos é pouco exigente quanto
à luminosidade, tolerando cômodos mais sombreados. Além disso, é extremamente
resistente e de fácil cultivo, requerendo baixa manutenção.
Em razão da sua onipresença, confesso que costumava prestar pouca atenção a
esta palmeira típica de interiores. É muito frequente encontrarmos a raphis
largada em um canto escuro, em bancos, academias, restaurantes e
estabelecimentos comerciais, de maneira geral. Muito frequentemente, a planta
está alta e mirrada, ora um pouco descabelada, ora apresentando sinais
precoces de calvície. Quase sempre, as pontas de suas folhas brilhantes
encontram-se ressecadas, com a aparência de que foram queimadas.
Uma vez que plantas nestas condições me causam um aperto no coração, sempre me
esquivei de adquirir um exemplar desta palmeira. Além disso, como o espaço
aqui no apartamento é exíguo, costumo dar preferência a plantas de menor
porte, tais como a
mini palmeira
Chamaedorea elegans e a
mini samambaia havaiana.
Eis que um belo dia, o destino me coloca frente a frente com a bendita
palmeira ráfia, rafis ou raphis. Estávamos, eu e meus pais, em uma grande loja
de artigos para casa, do tipo DIY, quando nos deparamos com uma seção de
jardinagem. Como quem não quer nada, estávamos dando uma sapeada nas plantas à
venda, quando demos de cara com dezenas de vasos de palmeiras raphis, por um
preço surpreendentemente baixo. Eram vasos altos, elegantes, cada um com uma
pequena touceira de mudas ainda jovens. Não pensamos duas vezes e saímos da
loja carregando dois vasos desta palmeira. Apesar de as plantas serem baixas,
são bastante volumosas e quase não couberam no carro que chamamos por
aplicativo.
Segundo minha mãe, foi a melhor compra de plantas que ela fez. Eu não posso discordar. Basicamente, existem dois tipos de palmeira raphis à venda no mercado. Aquelas maiores, geralmente plantadas individualmente, em vasos bem grandes ou sacos para mudas, costumam ser resultantes de muito tempo de cultivo. Já as plantas que compramos, pequenas e entouceiradas, geralmente são germinadas a partir de sementes. Tratam-se de palmeiras raphis mais jovens, que levarão anos para atingir aquele tamanho de arvoreta que estamos acostumados a ver.
Eu não conhecia esta versão miniaturizada da palmeira raphis e confesso que adorei. Apesar de baixa, a planta fica com a copa bem densa e vistosa, graças ao agrupamento de vários indivíduos jovens. É bastante prático dispor os vasos no ambiente, já que cabem em qualquer lugar. Além disso, por serem volumosas, apenas duas destas touceiras já causam um grande impacto na decoração.
A palmeira Rhapis excelsa é exótica, originária de países asiáticos. Esta espécie pertence à família botânica Arecaceae, a mesma da palmeira areca, das camedóreas e da licuala, entre outras plantas ornamentais e de importância econômica. No exterior, a palmeira raphis costuma ser chamada de lady palm, razão pela qual também podemos encontrá-la sob a alcunha de palmeira dama, em terras tupiniquins.
Uma marca registrada da palmeira raphis é seu crescimento bastante lento. As plantas costumam se desenvolver melhor nos viveiros dos produtores, onde os parâmetros climáticos são controlados. Dentro de casas e apartamentos, sob condições não ideais de luminosidade, seu desenvolvimento ocorre de maneira desacelerada. É por este motivo que nossos exemplares foram adquiridos por um preço mais baixo, já que são plantas de menor porte, ainda jovens. Quanto mais alta for a palmeira raphis, maior será seu valor, já que são necessários vários anos de cultivo para que a planta atinja um porte considerável.
Ainda que a palmeira raphis seja uma planta típica de interiores, é importante ressaltar que ela precisa de um certo nível de luminosidade, ainda que difusa e indireta, para seu bom desenvolvimento. Quanto mais luz puder ser fornecida à planta, sem queimar suas folhas, mais acelerado será seu crescimento. Há quem cultive a raphis sob sol pleno, mas sua aparência costuma ficar prejudicada, com as folhas adquirindo uma tonalidade mais amarelada.
Outro fator que prejudica o desenvolvimento desta elegante palmeira é a umidade relativa do ar. Em ambientes muito secos, sob a ação de aparelhos de ar condicionado, por exemplo, as pontas das folhas da raphis podem ficar queimadas. Um umidificador de ambiente ajuda e melhorar estes sinais pouco estéticos. Além disso, o ato de borrifar periodicamente as folhas é de grande valia. É sempre importante lembrar que a umidade elevada no ambiente não se traduz por regas em excesso. A palmeira raphis, ainda que resistente, pode se ressentir quando mantida em um solo encharcado por muito tempo. Vale sempre a regra de regar a planta somente quando a terra estiver seca ao toque, ou quando o vaso estiver leve, principalmente se for de plástico.
Um conselho bastante útil no cultivo da palmeira raphis, principalmente dentro de casas e apartamentos, é girar a planta periodicamente, de modo a permitir uma exposição uniforme de todas as folhas à claridade, que geralmente chega através de uma única abertura. Este procedimento também impede que o caule da raphis cresça torto.
É comum que as folhas mais antigas amarelem e sequem, à medida que novas estruturas são produzidas a partir do ápice do caule. Uma poda periódica ajuda a manter a planta bonita e bem apresentável. A palmeira raphis costuma avisar quando está precisando de água. Suas folhas ficam levemente arqueadas, um pouco mais caídas, quando o solo seca demasiadamente. O ideal é evitar que isso aconteça com frequência, já que a desidratação sempre debilita a planta.
A adubação da palmeira raphis não precisa ser frequente nem muito elaborada. Como se trata de uma folhagem ornamental, suas flores são bastante discretas. Uma formulação básica de manutenção, do tipo NPK em níveis equilibrados, é suficiente para um bom desenvolvimento da planta. Como seu crescimento é lento, o consumo de nutrientes também é menor. O excesso de adubação, principalmente a inorgânica, pode acentuar o ressecamento das pontas das folhas, em decorrência do acúmulo de salinidade no solo. Convém utilizar sempre a metade da dose indicada pelo fabricante. De tempos em tempos, também é importante levar o vaso para uma pia ou banheira e regá-lo em abundância, de modo a eliminar impurezas e resíduos da adubação.
De resto, a manutenção da raphis é bastante tranquila. Para quem mora em pequenos espaços, esta variedade menor e mais entouceirada da palmeira é a ideal. Aqui no apartamento, esta planta tornou-se nosso xodó.
Segundo minha mãe, foi a melhor compra de plantas que ela fez. Eu não posso discordar. Basicamente, existem dois tipos de palmeira raphis à venda no mercado. Aquelas maiores, geralmente plantadas individualmente, em vasos bem grandes ou sacos para mudas, costumam ser resultantes de muito tempo de cultivo. Já as plantas que compramos, pequenas e entouceiradas, geralmente são germinadas a partir de sementes. Tratam-se de palmeiras raphis mais jovens, que levarão anos para atingir aquele tamanho de arvoreta que estamos acostumados a ver.
Eu não conhecia esta versão miniaturizada da palmeira raphis e confesso que adorei. Apesar de baixa, a planta fica com a copa bem densa e vistosa, graças ao agrupamento de vários indivíduos jovens. É bastante prático dispor os vasos no ambiente, já que cabem em qualquer lugar. Além disso, por serem volumosas, apenas duas destas touceiras já causam um grande impacto na decoração.
A palmeira Rhapis excelsa é exótica, originária de países asiáticos. Esta espécie pertence à família botânica Arecaceae, a mesma da palmeira areca, das camedóreas e da licuala, entre outras plantas ornamentais e de importância econômica. No exterior, a palmeira raphis costuma ser chamada de lady palm, razão pela qual também podemos encontrá-la sob a alcunha de palmeira dama, em terras tupiniquins.
Uma marca registrada da palmeira raphis é seu crescimento bastante lento. As plantas costumam se desenvolver melhor nos viveiros dos produtores, onde os parâmetros climáticos são controlados. Dentro de casas e apartamentos, sob condições não ideais de luminosidade, seu desenvolvimento ocorre de maneira desacelerada. É por este motivo que nossos exemplares foram adquiridos por um preço mais baixo, já que são plantas de menor porte, ainda jovens. Quanto mais alta for a palmeira raphis, maior será seu valor, já que são necessários vários anos de cultivo para que a planta atinja um porte considerável.
Ainda que a palmeira raphis seja uma planta típica de interiores, é importante ressaltar que ela precisa de um certo nível de luminosidade, ainda que difusa e indireta, para seu bom desenvolvimento. Quanto mais luz puder ser fornecida à planta, sem queimar suas folhas, mais acelerado será seu crescimento. Há quem cultive a raphis sob sol pleno, mas sua aparência costuma ficar prejudicada, com as folhas adquirindo uma tonalidade mais amarelada.
Outro fator que prejudica o desenvolvimento desta elegante palmeira é a umidade relativa do ar. Em ambientes muito secos, sob a ação de aparelhos de ar condicionado, por exemplo, as pontas das folhas da raphis podem ficar queimadas. Um umidificador de ambiente ajuda e melhorar estes sinais pouco estéticos. Além disso, o ato de borrifar periodicamente as folhas é de grande valia. É sempre importante lembrar que a umidade elevada no ambiente não se traduz por regas em excesso. A palmeira raphis, ainda que resistente, pode se ressentir quando mantida em um solo encharcado por muito tempo. Vale sempre a regra de regar a planta somente quando a terra estiver seca ao toque, ou quando o vaso estiver leve, principalmente se for de plástico.
Um conselho bastante útil no cultivo da palmeira raphis, principalmente dentro de casas e apartamentos, é girar a planta periodicamente, de modo a permitir uma exposição uniforme de todas as folhas à claridade, que geralmente chega através de uma única abertura. Este procedimento também impede que o caule da raphis cresça torto.
É comum que as folhas mais antigas amarelem e sequem, à medida que novas estruturas são produzidas a partir do ápice do caule. Uma poda periódica ajuda a manter a planta bonita e bem apresentável. A palmeira raphis costuma avisar quando está precisando de água. Suas folhas ficam levemente arqueadas, um pouco mais caídas, quando o solo seca demasiadamente. O ideal é evitar que isso aconteça com frequência, já que a desidratação sempre debilita a planta.
A adubação da palmeira raphis não precisa ser frequente nem muito elaborada. Como se trata de uma folhagem ornamental, suas flores são bastante discretas. Uma formulação básica de manutenção, do tipo NPK em níveis equilibrados, é suficiente para um bom desenvolvimento da planta. Como seu crescimento é lento, o consumo de nutrientes também é menor. O excesso de adubação, principalmente a inorgânica, pode acentuar o ressecamento das pontas das folhas, em decorrência do acúmulo de salinidade no solo. Convém utilizar sempre a metade da dose indicada pelo fabricante. De tempos em tempos, também é importante levar o vaso para uma pia ou banheira e regá-lo em abundância, de modo a eliminar impurezas e resíduos da adubação.
De resto, a manutenção da raphis é bastante tranquila. Para quem mora em pequenos espaços, esta variedade menor e mais entouceirada da palmeira é a ideal. Aqui no apartamento, esta planta tornou-se nosso xodó.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil