| Senecio peregrinus | |
No universo daqueles que amam plantas, os acessórios estão sempre em alta.
Particularmente, os colares. Neste quesito, as
suculentas
não cansam de nos surpreender com sua variedade de formatos. Desde os
clássicos colares de pérolas e rubis, passando pelos pingentes em forma de
coração, até os mais inusitados, como o colar de banana, as plantas
suculentas oferecem opções para todos os gostos. No entanto, dificilmente
haverá algum formato para rivalizar com o magnífico colar de golfinhos,
formato exótico e delicado apresentado pela espécie botânica
Senecio peregrinus.
Cada folha suculenta desta planta incrível é uma réplica perfeita de um
golfinho. Dispostas ao longo de caules finos e compridos, em intervalos
regulares, estas estruturas assemelham-se a um alegre grupo de golfinhos
saltando sobre as águas.
O interessante, na suculenta colar de golfinhos, é que as folhas mais
próximas à base, as primeiras a serem formadas, apresentam uma aparência
mais convencional, mais aberta. À medida que a planta amadurece, vai
emitindo folhas mais compactas e suculentas, cada vez mais similares a
golfinhos.
Esta é uma suculenta que, em um primeiro momento, emite hastes eretas. Ao atingirem quinze centímetros de altura, aproximadamente, estas estruturas começam a ficar arqueadas, em função do peso das folhas em forma de golfinhos. A partir deste ponto, o Senecio preregrinus adquire um aspecto pendente, bastante ornamental.
Esta é uma suculenta que, em um primeiro momento, emite hastes eretas. Ao atingirem quinze centímetros de altura, aproximadamente, estas estruturas começam a ficar arqueadas, em função do peso das folhas em forma de golfinhos. A partir deste ponto, o Senecio preregrinus adquire um aspecto pendente, bastante ornamental.
Aqui no blog, já apresentamos a elegante suculenta
colar de pérolas,
Senecio rowleyanus, e a colorida planta conhecida como
colar de rubi,
Othonna capensis. Mas há colares com pingentes em todos os formatos, tais como lágrimas,
lentilhas e bananas. Outro interessante representante deste gênero, que também traz uma vibe marítima, é o Senecio vitalis cristata, popularmente conhecido como suculenta rabo de sereia. Juntamente com a suculenta colar de golfinhos, todas
estas plantas fazem parte da família botânica Asteraceae, conhecida
pelas flores compostas que seus membros produzem, como a margarida e o
girassol.
A suculenta colar de golfinhos é uma planta híbrida. Por este motivo, o mais
correto seria grafar seu nome científico como Senecio x
peregrinus, mas poucos o fazem, por uma questão de simplificação.
Trata-se de um híbrido primário, resultante do cruzamento entre as espécies
Senecio rowleyanus, o popular colar de pérolas ou rosário, e
Senecio articulatus. Esta suculenta de aparência única foi obtida por
cultivadores japoneses, recentemente. Após um grande sucesso nas redes
sociais, o colar de golfinhos finalmente desembarca em terras brasileiras,
podendo ser encontrado em grandes garden centers e
plant shops mais especializadas. Até há pouco tempo, esta era uma
planta pouco comum nas coleções.
Em países de língua inglesa, a suculenta colar de golfinhos pode ser encontrada sob os apelidos dolphin plant, dolphin succulent ou dolphin necklace. Após um grande sucesso entre os colecionadores do Japão, o Senecio peregrinus invadiu os mercados consumidores de todo o mundo, graças à impressionante delicadeza e realismo de seus golfinhos saltadores. Não por acaso, muitos chamam esta planta de flying dolphins, no exterior.
Embora seja raro que o colar de golfinhos floresça, caso seja cultivado dentro de casas e apartamentos, suas flores são bastante parecidas com aquelas produzidas pelo colar de pérolas, um de seus progenitores. Além da coloração branca e da anatomia composta, as flores do Senecio peregrinus exalam um aroma muito parecido com o da canela.
Ainda assim, a suculenta colar de golfinhos é uma excelente opção de planta para ser cultivada em interiores. Qualquer ambiente no qual o colar de pérolas se desenvolva bem será propício para o Senecio peregrinus, uma vez que dele descende. Em ambientes internos, é importante que a planta receba bastante luminosidade indireta, em um local próximo a uma janela ensolarada. Ainda que o colar de golfinhos possa ser cultivado sob sol pleno, convém protegê-lo da radiação incidente nas horas mais quentes do dia, principalmente durante o verão. A condição ideal para o cultivo desta suculenta é a meia sombra, com bastante luminosidade filtrada e algumas horas de sol direto por dia, no início da manhã ou no final da tarde.
Como toda planta suculenta, o colar de golfinhos aprecia uma rega moderada. É importante esperar que o substrato seque bem, antes de realizar uma nova irrigação. O Senecio peregrinus é particularmente sensível ao excesso de umidade, condição que pode causar o rápido apodrecimento de seus golfinhos suculentos.
Por esta razão, é importante que o solo para o cultivo desta planta seja arenoso, bem aerado e facilmente drenável. Uma mistura de terra vegetal e areia grossa dará conta do recado. Para os cultivadores que apreciam praticidade, existem misturas próprias para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas de jardinagem. No exterior, é bastante comum a adição de perlita ao substrato utilizado no cultivo de suculentas, visto que este material proporciona uma ótima aeração ao solo.
Sempre com o intuito de se evitar o acúmulo de água junto às raízes do colar de golfinhos, é importante adicionar um bom sistema de drenagem ao fundo do vaso. Para evitar que os furos entupam, uma camada de pedrisco, isopor ou argila expandida é adicionada à parte inferior do recipiente. Por cima, uma manta geotêxtil pode ser posicionada, para segurar o substrato e impedir que ele escoa com a água das regas. Muitos cultivadores reutilizam o filtro de café, com este propósito.
O vaso para o cultivo da suculenta colar de golfinhos pode ser de barro ou de plástico. No entanto, como esta é uma planta que se torna pendente, com o tempo, o mais seguro é optar pelo plástico, que é mais leve e pode ser suspenso com maior facilidade. No entanto, é bom ter em mente que este material retém a umidade do solo por mais tempo, razão pela qual a frequência das regas deve ser ajustada de acordo.
A adubação do Senecio peregrinus não precisa ser intensa. Pelo contrário, o excesso de nutrientes pode resultar em folhas mal formadas, que perdem a aparência típica de golfinhos. Uma fórmula básica, de manutenção, do tipo NPK, pode ser aplicada periodicamente, principalmente durante o período de crescimento. O colar de golfinhos entra em dormência no inverno, razão pela qual não há necessidade de adubar a planta, durante este período.
Multiplicar a suculenta colar de golfinhos é bastante tranquilo. O procedimento é igual ao adotado na propagação dos colares de suculentas, de modo geral. Basta cortar segmentos dos caules, esperar que as incisão sejam cicatrizadas, e plantá-las separadamente, para obtenção de novas mudas, ou no mesmo vaso, para a formação de uma touceira mais densa.
Ainda que seja um pouco complicado encontrar mudas desta suculenta no mercado, vale a pena procurar. O colar de golfinhos, embora seja uma novidade, tem tudo para se tornar uma planta bastante popular, que em breve estará por toda parte, em todas as coleções. Afinal, quem poderá resistir a uma delicada cascata de golfinhos saltadores, ainda mais dentro de casa?
Em países de língua inglesa, a suculenta colar de golfinhos pode ser encontrada sob os apelidos dolphin plant, dolphin succulent ou dolphin necklace. Após um grande sucesso entre os colecionadores do Japão, o Senecio peregrinus invadiu os mercados consumidores de todo o mundo, graças à impressionante delicadeza e realismo de seus golfinhos saltadores. Não por acaso, muitos chamam esta planta de flying dolphins, no exterior.
Embora seja raro que o colar de golfinhos floresça, caso seja cultivado dentro de casas e apartamentos, suas flores são bastante parecidas com aquelas produzidas pelo colar de pérolas, um de seus progenitores. Além da coloração branca e da anatomia composta, as flores do Senecio peregrinus exalam um aroma muito parecido com o da canela.
Ainda assim, a suculenta colar de golfinhos é uma excelente opção de planta para ser cultivada em interiores. Qualquer ambiente no qual o colar de pérolas se desenvolva bem será propício para o Senecio peregrinus, uma vez que dele descende. Em ambientes internos, é importante que a planta receba bastante luminosidade indireta, em um local próximo a uma janela ensolarada. Ainda que o colar de golfinhos possa ser cultivado sob sol pleno, convém protegê-lo da radiação incidente nas horas mais quentes do dia, principalmente durante o verão. A condição ideal para o cultivo desta suculenta é a meia sombra, com bastante luminosidade filtrada e algumas horas de sol direto por dia, no início da manhã ou no final da tarde.
Como toda planta suculenta, o colar de golfinhos aprecia uma rega moderada. É importante esperar que o substrato seque bem, antes de realizar uma nova irrigação. O Senecio peregrinus é particularmente sensível ao excesso de umidade, condição que pode causar o rápido apodrecimento de seus golfinhos suculentos.
Por esta razão, é importante que o solo para o cultivo desta planta seja arenoso, bem aerado e facilmente drenável. Uma mistura de terra vegetal e areia grossa dará conta do recado. Para os cultivadores que apreciam praticidade, existem misturas próprias para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas de jardinagem. No exterior, é bastante comum a adição de perlita ao substrato utilizado no cultivo de suculentas, visto que este material proporciona uma ótima aeração ao solo.
Sempre com o intuito de se evitar o acúmulo de água junto às raízes do colar de golfinhos, é importante adicionar um bom sistema de drenagem ao fundo do vaso. Para evitar que os furos entupam, uma camada de pedrisco, isopor ou argila expandida é adicionada à parte inferior do recipiente. Por cima, uma manta geotêxtil pode ser posicionada, para segurar o substrato e impedir que ele escoa com a água das regas. Muitos cultivadores reutilizam o filtro de café, com este propósito.
O vaso para o cultivo da suculenta colar de golfinhos pode ser de barro ou de plástico. No entanto, como esta é uma planta que se torna pendente, com o tempo, o mais seguro é optar pelo plástico, que é mais leve e pode ser suspenso com maior facilidade. No entanto, é bom ter em mente que este material retém a umidade do solo por mais tempo, razão pela qual a frequência das regas deve ser ajustada de acordo.
A adubação do Senecio peregrinus não precisa ser intensa. Pelo contrário, o excesso de nutrientes pode resultar em folhas mal formadas, que perdem a aparência típica de golfinhos. Uma fórmula básica, de manutenção, do tipo NPK, pode ser aplicada periodicamente, principalmente durante o período de crescimento. O colar de golfinhos entra em dormência no inverno, razão pela qual não há necessidade de adubar a planta, durante este período.
Multiplicar a suculenta colar de golfinhos é bastante tranquilo. O procedimento é igual ao adotado na propagação dos colares de suculentas, de modo geral. Basta cortar segmentos dos caules, esperar que as incisão sejam cicatrizadas, e plantá-las separadamente, para obtenção de novas mudas, ou no mesmo vaso, para a formação de uma touceira mais densa.
Ainda que seja um pouco complicado encontrar mudas desta suculenta no mercado, vale a pena procurar. O colar de golfinhos, embora seja uma novidade, tem tudo para se tornar uma planta bastante popular, que em breve estará por toda parte, em todas as coleções. Afinal, quem poderá resistir a uma delicada cascata de golfinhos saltadores, ainda mais dentro de casa?
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil