| Fuchsia híbrida | |
Ao contrário do que muitos imaginam, não existe uma espécie botânica única,
correspondente à flor que nós conhecemos popularmente como brinco de
princesa ou fúcsia. Diferentes espécies, variedades e híbridos pertencentes
ao gênero Fuchsia podem receber este simpático apelido, originado a
partir da delicadeza de suas flores pendentes. Graças a esta
particularidade, o brinco de princesa também pode receber o apelido de
lágrima. Como resultado da miscigenação de diferentes espécies de fúcsia,
existe uma grande variedade de cores disponíveis.
A flor da planta brinco de princesa é conhecida por apresentar duas
colorações contrastantes, em suas pétalas e sépalas. A combinação mais
comumente encontrada, no mercado, é a composta por sépalas em um
pink bem intenso e as pétalas em púrpura. No entanto, existem
híbridos com diferentes arranjos de pétalas e sépalas nas cores branca,
rosada, violeta, azulada ou vermelha.
A cor fúcsia, que corresponde ao magenta, um tom vibrante de púrpura, foi
assim nomeada em homenagem às flores da planta brinco de princesa,
pertencentes ao gênero Fuchsia. Este, por sua vez, faz referência ao
nome do médico e botânico alemão Leonhart Fuchs, que viveu no século
XVI.
O brinco de princesa pertence à família Onagraceae, não muito
conhecida entre os apreciadores de plantas ornamentais. A fúcsia é
originária de diversos países da América do Sul, incluindo o Brasil. Sua
flor foi eleita símbolo do estado do Rio Grande do Sul.
No exterior, o brinco de princesa é conhecido como fuchsia flower.
Ele faz tanto sucesso, como planta ornamental, que existe uma organização,
nos EUA, específica para seu estudo e divulgação, a Fuchsia American Society, fundada em 1929. Da mesma forma, existe uma entidade similar no Reino
Unido, dedicada a esta flor, a British Fuchsia Society.
Parte deste sucesso no exterior deve-se ao fato de o brinco de princesa
apreciar o frio. No entanto, a fúcsia deve ser protegida de geadas. Esta é
uma planta que não se dá bem com temperaturas muito elevadas. Por este
motivo, o brinco de princesa é ideal para ser mantido dentro de casas e
apartamentos, desde que haja bastante luminosidade indireta. Em ambientes
internos, onde as temperaturas são amenas e constantes, ao longo de todo o
ano, as diferentes variedades de Fuchsia desenvolvem-se plenamente.
Em coberturas e varandas ensolaradas, é importante proteger a planta do sol
direto, principalmente nas horas mais quentes do dia.
É possível cultivar a planta brinco de princesa em diversos ambientes e recipientes, uma vez que existem híbridos com portes arbustivos, herbáceos e pendentes. Em áreas externas, a fúcsia apresenta o diferencial de atrair beija-flores, que são seus agentes polinizadores, no habitat original.
Dentro de casas e apartamentos, o principal cuidado a ser tomado é em relação à luminosidade. Para que possa se desenvolver e, principalmente, florescer adequadamente, o brinco de princesa precisa de bastante luz, sem sol direto. Aqueles locais bem próximos a janelas face norte, por exemplo, são perfeitos para o cultivo da fúcsia. Varandas também são boas opções, desde que a planta seja protegida do excesso de sol. As floreiras na parte externa das janelas devem ser evitadas, uma vez que não oferecem proteção contra o sol pleno.
Outro fator importante para que a planta brinco de princesa produza flores é a adubação. Ela ocorre em dois níveis. Inicialmente, o substrato para o plantio da fúcsia já deve ser rico em nutrientes, preparado com uma mistura de terra vegetal e composto orgânico, que pode ser húmus de minhoca ou esterco curtido, entre outros materiais. Além disso, uma adubação suplementar, do tipo NPK, mais rica em fósforo, pode ser fornecida para estimular a floração. Existem fórmulas próprias para plantas floríferas, à venda em lojas de jardinagem. Em todas elas, o número do meio, correspondente ao elemento químico fósforo, é mais elevado. Este fertilizante pode ser alternado com uma formulação de manutenção, com níveis equilibrados de NPK, destinada a dar suporte ao crescimento vegetativo do brinco de princesa.
Ainda que as flores em forma de brinco de princesa possam surgir ao longo de todo o ano, é durante a primavera e verão que o ápice das florações ocorre. Portanto, é durante este período que a adubação mais rica em fósforo deve ser aplicada. Para que as flores fiquem bonitas por mais tempo, convém evitar molhá-las, durante as regas. Também é aconselhável evitar borrifar fertilizantes ou defensivos químicos sobre os tecidos florais, uma vez que sua aparência pode ser prejudicada por estas substâncias químicas. O excesso de umidade, por sua vez, propicia a proliferação do fungo Botrytis cinerea, que causa manchas amarronzadas nas pétalas e sépalas.
Outro dano que o excesso de água pode causar é sobre as raízes da planta brinco de princesa. Por este motivo, o solo deve ser bem aerado e facilmente drenável. O vaso também precisa ter um sistema eficiente de drenagem, com uma camada de pedrisco, isopor ou argila expandida. As regas devem ser moderadas, de modo que o substrato não fique úmido por muito tempo, nem encharcado.
A propagação da fúcsia é bastante tranquila, bastando cortar segmentos de seu caule, na porção apical, e plantá-los separadamente. As estacas podem ser colocadas em água, durante um período, para que possam enraizar mais rapidamente. Hormônios enraizadores também aceleram o processo. Outra forma comum de multiplicação do brinco de princesa é através de sementes. Neste caso, geralmente, não há como saber qual será a combinação de cores das flores, já que as sementes costumam ser sortidas.
Em resumo, o brinco de princesa é uma excelente opção para ambientes internos, dada a sua preferência por temperaturas amenas e luminosidade indireta. O principal desafio, dentro de casas e apartamentos, é encontrar um lugar que receba a quantidade ideal de luz capaz de fazer a fúcsia florescer, uma vez que cômodos muito sombreados podem impedir a ocorrência deste processo. No mais, trata-se de uma planta bastante resistente e de fácil cultivo. Estas características, aliadas à beleza e diversidade de cores e formatos de suas flores, tornam o brinco de princesa uma valiosa adição às nossas selvas urbanas, trazendo um pouco de colorido à densa mata verde que tendemos a acumular dentro de casa.
É possível cultivar a planta brinco de princesa em diversos ambientes e recipientes, uma vez que existem híbridos com portes arbustivos, herbáceos e pendentes. Em áreas externas, a fúcsia apresenta o diferencial de atrair beija-flores, que são seus agentes polinizadores, no habitat original.
Dentro de casas e apartamentos, o principal cuidado a ser tomado é em relação à luminosidade. Para que possa se desenvolver e, principalmente, florescer adequadamente, o brinco de princesa precisa de bastante luz, sem sol direto. Aqueles locais bem próximos a janelas face norte, por exemplo, são perfeitos para o cultivo da fúcsia. Varandas também são boas opções, desde que a planta seja protegida do excesso de sol. As floreiras na parte externa das janelas devem ser evitadas, uma vez que não oferecem proteção contra o sol pleno.
Outro fator importante para que a planta brinco de princesa produza flores é a adubação. Ela ocorre em dois níveis. Inicialmente, o substrato para o plantio da fúcsia já deve ser rico em nutrientes, preparado com uma mistura de terra vegetal e composto orgânico, que pode ser húmus de minhoca ou esterco curtido, entre outros materiais. Além disso, uma adubação suplementar, do tipo NPK, mais rica em fósforo, pode ser fornecida para estimular a floração. Existem fórmulas próprias para plantas floríferas, à venda em lojas de jardinagem. Em todas elas, o número do meio, correspondente ao elemento químico fósforo, é mais elevado. Este fertilizante pode ser alternado com uma formulação de manutenção, com níveis equilibrados de NPK, destinada a dar suporte ao crescimento vegetativo do brinco de princesa.
Ainda que as flores em forma de brinco de princesa possam surgir ao longo de todo o ano, é durante a primavera e verão que o ápice das florações ocorre. Portanto, é durante este período que a adubação mais rica em fósforo deve ser aplicada. Para que as flores fiquem bonitas por mais tempo, convém evitar molhá-las, durante as regas. Também é aconselhável evitar borrifar fertilizantes ou defensivos químicos sobre os tecidos florais, uma vez que sua aparência pode ser prejudicada por estas substâncias químicas. O excesso de umidade, por sua vez, propicia a proliferação do fungo Botrytis cinerea, que causa manchas amarronzadas nas pétalas e sépalas.
Outro dano que o excesso de água pode causar é sobre as raízes da planta brinco de princesa. Por este motivo, o solo deve ser bem aerado e facilmente drenável. O vaso também precisa ter um sistema eficiente de drenagem, com uma camada de pedrisco, isopor ou argila expandida. As regas devem ser moderadas, de modo que o substrato não fique úmido por muito tempo, nem encharcado.
A propagação da fúcsia é bastante tranquila, bastando cortar segmentos de seu caule, na porção apical, e plantá-los separadamente. As estacas podem ser colocadas em água, durante um período, para que possam enraizar mais rapidamente. Hormônios enraizadores também aceleram o processo. Outra forma comum de multiplicação do brinco de princesa é através de sementes. Neste caso, geralmente, não há como saber qual será a combinação de cores das flores, já que as sementes costumam ser sortidas.
Em resumo, o brinco de princesa é uma excelente opção para ambientes internos, dada a sua preferência por temperaturas amenas e luminosidade indireta. O principal desafio, dentro de casas e apartamentos, é encontrar um lugar que receba a quantidade ideal de luz capaz de fazer a fúcsia florescer, uma vez que cômodos muito sombreados podem impedir a ocorrência deste processo. No mais, trata-se de uma planta bastante resistente e de fácil cultivo. Estas características, aliadas à beleza e diversidade de cores e formatos de suas flores, tornam o brinco de princesa uma valiosa adição às nossas selvas urbanas, trazendo um pouco de colorido à densa mata verde que tendemos a acumular dentro de casa.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil