| Haworthia attenuata | |
Existem cultivadores que torcem o nariz para os nomes populares dos
cactos
e
suculentas. Mas como não bater os olhos nesta simpática plantinha, da espécie
Haworthia attenuata, e, imediatamente, lembrar-se do apelido suculenta
zebra? Quase impossível, na minha opinião. Esta é uma suculenta bastante
resistente, ideal para o cultivo dentro de casas e apartamentos, já que não
exige uma luminosidade intensa para se desenvolver e florescer. Ainda que haja
alguma confusão quanto à sua nomenclatura, como veremos a seguir, a
Haworthia attenuata é a planta mais conhecida pelo público como
suculenta zebra.
Esta suculenta zebra é frequentemente confundida com outra espécie,
Haworthia fasciata. A diferença entre as espécies attenuata e
fasciata é que esta última apresenta folhas mais lisas, curtas,
espessas e retas. Também é comum confundir a Haworthia attenuata com a
Aloe aristata, popularmente conhecida como suculenta rabo de tatu. No
entanto, esta planta, ao contrário da suculenta zebra, apresenta as folhas
pintalgadas, e não listradas. Além disso, sua roseta é mais compacta, com
folhas mais curtas, apresentando longos filamentos nas extremidades.
A suculenta
Haworthia limifolia, já apresentada aqui no blog, também possui um aspecto semelhante ao das
espécies acima apresentadas. No entanto, suas folhas, em um tom bem fechado de
verde, não apresentam pintas nem listras. Sua principal característica é a
superfície ondulada, como uma tábua de lavar roupas.
Outra confusão, em termos de apelidos, fica por conta da planta zebra. Ainda
que a espécie Haworthia attenuata possa ser encontrada sob este nome
popular, eventualmente, o mais comum é que o termo planta zebra se refira a
outra espécie, não suculenta, Aphelandra squaroosa. Trata-se de uma
belíssima folhagem nativa da Mata Atlântica brasileira.
Por fim, há ainda quem chame a Haworthia attenuata de cacto zebra. O
problema com este apelido é que esta planta não é um cacto, por não pertencer
à família botânica Cactaceae. Portanto, o mais correto, no frigir dos
ovos, é chamar a Haworthia attenuata de suculenta zebra.
Recentemente, o gênero botânico Haworthia sofreu uma reforma, de tal
modo que algumas espécies, como a Haworthia attenuata, foram
transferidas para o gênero Haworthiopsis, que significa semelhante à
Haworthia. Por uma questão de costume e praticidade, e para que este
artigo seja encontrado pelo maior número de pessoas, sigo utilizando a
nomenclatura com a qual estamos todos acostumados. Aqui no blog, já
apresentamos a
Haworthia coarctata
e
Haworthia retusa.
A suculenta zebra é originária do continente africano, sendo mais frequentemente encontrada em regiões áridas da África do Sul, na província do Cabo. Por este motivo, o procedimento padrão para cuidar da Haworthia attenuata é o mesmo recomendado para o cultivo de suculentas, de modo geral.
O solo deve ser arenoso, bem aerado e rapidamente drenável. O mais seguro é utilizar misturas prontas para o plantio de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas em jardinagem. Caso o cultivador prefira fazer uma versão caseira, basta misturar terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. A areia da praia deve ser evitada, já que apresenta elevados teores de salinidade, que podem causar danos às raízes das plantas. A planta zebra está habituada a solos pobres em nutrientes, de modo que não há a necessidade de adicionar matéria orgânica à mistura de cultivo.
Como toda suculenta, a Haworthia attentuata possui a capacidade de armazenar água em suas folhas, de modo que pode resistir a longos períodos sem água. A forma mais eficiente de se matar a suculenta zebra é através do excesso de regas. Por este motivo, é importante evitar derramar água sobre toda a roseta, que tende a acumular a umidade nos interstícios entre as folhas, situação que pode favorecer o apodrecimento da planta. A frequência das regas deve ser bem espaçada, principalmente durante o inverno. Deve-se aferir a umidade do solo com a ponta do dedo, afundando levemente. Se a terra estiver úmida, posterga-se a rega para um outro dia. Outro ótimo método de perceber quando é hora de regar consiste em sentir o peso do vaso. Quanto mais leve estiver, mais seco estará o substrato, em seu interior.
A suculenta zebra é perfeita para quem não dispõe de um jardim para cultivar suas plantas. Ela não precisa de muita luminosidade, devendo, inclusive, ser protegida do sol pleno. Além disso, como está adaptada a ambientes mais secos, a Haworthia attenuata é a escolha ideal para ser cultivada dentro de casas e apartamentos. Basta colocá-la em um lugar que receba luminosidade difusa, indireta. Meus exemplares de Haworthia ficam dentro do quarto, ao lado da minha estação de trabalho, sem jamais receberem a luz direta do sol. É bem verdade que, sob estas circunstâncias, as plantas não florescem. Particularmente, eu prefiro assim, já que a suculenta poupa energia, destinando-a ao crescimento vegetativo, que é o aspecto mais ornamental da suculenta zebra e suas primas.
Por este motivo, a adubação da Haworthia attenuata não precisa ser muito intensa ou elaborada. Basta aplicar um adubo de manutenção, do tipo NPK, com níveis equilibrados destes nutrientes. Eu costumo fazer aplicações semanais, ou quando me lembro, utilizando sempre metade da dose recomendada pelo fabricante. Deste modo, garantimos que o substrato não seja saturado com o excesso de sais minerais provenientes do fertilizante.
A obtenção de mudas da suculenta zebra não costuma ser feita a partir de suas folhas, colocadas em um berçário de suculentas. Sua propagação através de sementes também não é comum, já que se trata de um processo mais complexo e bastante demorado.
O método mais comumente utilizado para a propagação da suculenta zebra é a simples divisão de suas touceiras. Isto porque a Haworthia attenuata costuma produzir inúmeros brotos, a partir da base da planta mãe. Como o tempo, vão se formando clusters de rosetas, que podem ser facilmente separadas, gerando novas mudas.
Por ser extremamente resistente, de fácil cultivo, e adaptar-se bem a ambientes internos, mais secos e sombreados, a suculenta zebra, Haworthia attenuata, é uma excelente opção para os iniciantes no cuidado destas plantas gorduchas. É possível montar uma coleção inteira de Haworthias e Haworthiopsis, como queiram, sem que o resultado final fique maçante ou repetitivo. Elas estão entre as minhas suculentas de sombra preferidas.
A suculenta zebra é originária do continente africano, sendo mais frequentemente encontrada em regiões áridas da África do Sul, na província do Cabo. Por este motivo, o procedimento padrão para cuidar da Haworthia attenuata é o mesmo recomendado para o cultivo de suculentas, de modo geral.
O solo deve ser arenoso, bem aerado e rapidamente drenável. O mais seguro é utilizar misturas prontas para o plantio de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas em jardinagem. Caso o cultivador prefira fazer uma versão caseira, basta misturar terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. A areia da praia deve ser evitada, já que apresenta elevados teores de salinidade, que podem causar danos às raízes das plantas. A planta zebra está habituada a solos pobres em nutrientes, de modo que não há a necessidade de adicionar matéria orgânica à mistura de cultivo.
Como toda suculenta, a Haworthia attentuata possui a capacidade de armazenar água em suas folhas, de modo que pode resistir a longos períodos sem água. A forma mais eficiente de se matar a suculenta zebra é através do excesso de regas. Por este motivo, é importante evitar derramar água sobre toda a roseta, que tende a acumular a umidade nos interstícios entre as folhas, situação que pode favorecer o apodrecimento da planta. A frequência das regas deve ser bem espaçada, principalmente durante o inverno. Deve-se aferir a umidade do solo com a ponta do dedo, afundando levemente. Se a terra estiver úmida, posterga-se a rega para um outro dia. Outro ótimo método de perceber quando é hora de regar consiste em sentir o peso do vaso. Quanto mais leve estiver, mais seco estará o substrato, em seu interior.
A suculenta zebra é perfeita para quem não dispõe de um jardim para cultivar suas plantas. Ela não precisa de muita luminosidade, devendo, inclusive, ser protegida do sol pleno. Além disso, como está adaptada a ambientes mais secos, a Haworthia attenuata é a escolha ideal para ser cultivada dentro de casas e apartamentos. Basta colocá-la em um lugar que receba luminosidade difusa, indireta. Meus exemplares de Haworthia ficam dentro do quarto, ao lado da minha estação de trabalho, sem jamais receberem a luz direta do sol. É bem verdade que, sob estas circunstâncias, as plantas não florescem. Particularmente, eu prefiro assim, já que a suculenta poupa energia, destinando-a ao crescimento vegetativo, que é o aspecto mais ornamental da suculenta zebra e suas primas.
Por este motivo, a adubação da Haworthia attenuata não precisa ser muito intensa ou elaborada. Basta aplicar um adubo de manutenção, do tipo NPK, com níveis equilibrados destes nutrientes. Eu costumo fazer aplicações semanais, ou quando me lembro, utilizando sempre metade da dose recomendada pelo fabricante. Deste modo, garantimos que o substrato não seja saturado com o excesso de sais minerais provenientes do fertilizante.
A obtenção de mudas da suculenta zebra não costuma ser feita a partir de suas folhas, colocadas em um berçário de suculentas. Sua propagação através de sementes também não é comum, já que se trata de um processo mais complexo e bastante demorado.
O método mais comumente utilizado para a propagação da suculenta zebra é a simples divisão de suas touceiras. Isto porque a Haworthia attenuata costuma produzir inúmeros brotos, a partir da base da planta mãe. Como o tempo, vão se formando clusters de rosetas, que podem ser facilmente separadas, gerando novas mudas.
Por ser extremamente resistente, de fácil cultivo, e adaptar-se bem a ambientes internos, mais secos e sombreados, a suculenta zebra, Haworthia attenuata, é uma excelente opção para os iniciantes no cuidado destas plantas gorduchas. É possível montar uma coleção inteira de Haworthias e Haworthiopsis, como queiram, sem que o resultado final fique maçante ou repetitivo. Elas estão entre as minhas suculentas de sombra preferidas.
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Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil