| Echeveria pulidonis | |
Acho impressionante o fato de as plantas
suculentas, por mais parecidas que sejam entre si, apresentarem características
únicas, com personalidades próprias de cada espécie ou híbrido. A estrela do
artigo de hoje, Echeveria pulidonis, é extremamente apreciada pelos
colecionadores, destacando-se por sua coloração pálida azulada, com as
bordas de cada folha suculenta delicadamente delineadas por um tênue toque
contrastante de púrpura. O formato das folhas também é digno de nota,
lembrando uma cunha, com a superfície mais plana e a parte inferior
abaulada.
Outro fato interessante, em relação à Echeveria pulidonis, é que o
caule não fica aparente, de modo que apenas observamos sua roseta típica das
suculentas popularmente conhecidas como
rosas de pedra, do gênero
Echeveria. Neste quesito, esta suculenta é parecida com a
Echeveria shaviana, já apresentada aqui no blog, cujas rosetas também se assentam diretamente
no solo, sem um caule aparente. Já outas espécies e híbridos do gênero, tais
como
Echeveria pulvinata, Echeveria runyonii 'Topsy Turvy',
Echeveria 'Black Prince'
e
Echeveria 'Perle von Nürnberg', entre outras, tendem a adquirir um aspecto pescoçudo, à medida que
envelhecem.
A Echeveria pulidonis, conhecida no exterior como
Pulido's Echeveria, é uma planta suculenta originária do México. Os
primeiros exemplares foram coletados em 1963, por Eric Walther, no
estado mexicano de Puebla. Esta é uma espécie que habita regiões rochosas,
em localidades de altitudes elevadas, apresentando solos pobres em
nutrientes e que recebem bastante luminosidade.
Do ponto de vista taxonômico, a Echeveria pulidonis é mais próxima das espécies Echeveria agavoides, Echeveria elegans e Echeveria lilacina, todas bastante ornamentais e apreciadas pelos colecionadores.
Considerada uma planta de crescimento lento, a Echeveria pulidonis apresenta seu metabolismo mais ativo durante os meses mais quentes do ano. É também durante a primavera e verão que suas florações surgem, sob a forma de longas inflorescências, não ramificadas, que apresentam diversas flores em forma de sino, em suas extremidades, caracterizadas pela sua coloração em um tom bem vivo de amarelo.
O cultivo da Echeveria pulidonis é bastante tranquilo, desde que o local escolhido receba bastante luminosidade. Embora esta suculenta aprecie o sol pleno, convém protegê-la dos raios solares mais intensos, característicos das horas mais quentes do dia, principalmente durante o verão. Esta é uma planta ideal para sacadas ensolaradas e jardineiras posicionadas do lado de fora das janelas, que possam receber bastante luminosidade. Dentro de casas e apartamentos, é importante que a Echeveria pulidonis fique posicionada bem próxima a uma janela ensolarada.
Em ambientes muito sombreados, esta suculenta pode sofrer um processo de estiolamento, em que seus tecidos vegetais crescem aceleradamente, ficando frágeis, finos e compridos, em busca de mais luz. Quando mais luminosidade puder ser fornecida à Echeveria pulidonis, mais compacta ficará sua roseta. Além disso, o charme das suas folhas azuladas, margeadas por uma linha avermelhada, é acentuado quando esta suculenta é cultivada em locais bem iluminados.
O solo ideal para o cultivo da Echeveria pulidonis é aquele mais arenoso, bem aerado e rapidamente drenável, semelhante à condição em que esta suculenta se encontra, em seu habitat original. Para quem aprecia praticidade, basta comprar solos já preparados, próprios para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas e garden centers. Há, no entanto, quem prefira produzir seu próprio substrato, cuja composição pode variar bastante. A maioria dos cultivadores opta por uma mistura de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. Há quem acrescente uma parte extra de composto orgânico, mas não há esta necessidade, no caso da Echeveria pulidonis, que está adaptada à vida sobre solos pobres em matéria orgânica.
Embora a Echeveria pulidonis fique perfeita em jardins sob sol pleno, em ambientes de inspiração desértica, esta suculenta também pode ser cultivada em vasos, desde que preparados da forma correta. Eles podem ser de barro ou de plástico, sem maiores problemas. O importante é ter em mente que a cerâmica é mais porosa, permitindo que o substrato seque mais rapidamente. Já o vaso de plástico tende a reter a umidade do solo por um período mais prolongado, fato que deve ser compensado por uma frequência mais espaçada de regas.
O ideal é montar o vaso com uma boa camada de drenagem no fundo. Embora muitos cedam à tentação de colocar suas suculentas em xícaras, bules e cachepots fofos, estes recipientes não têm furos no fundo, o que pode se tornar um problema, na hora de regar a planta. A drenagem ideal pode ser obtida com qualquer material particulado, que pode ser brita, pedrisco ou argila expandida. É importante que o vaso não tenha pratinho embaixo, que pode acumular a água das regas e causar a morte da suculenta, por excesso de umidade.
Não há a necessidade de uma adubação muito intensa da Echeveria pulidonis. Esta suculenta tende a ficar com os tecidos vegetais mais frágeis, caso seja adubada em excesso, principalmente com formulações ricas em nitrogênio. Caso o objetivo seja estimular a floração, um adubo específico, mais rico em fósforo, pode ser aplicado, nos meses que antecedem o surgimento das flores.
A propagação da Echeveria pulidonis ocorre através de folhas destacadas da planta mãe e colocadas em um berçário de suculentas. No entanto, este é um processo bem demorado. A obtenção de mudas desta suculenta é mais rápida e prática através da separação de brotos laterais, que se formam a partir da base da planta principal.
Como um último conselho, com propósitos meramente estéticos, é bom evitar o manuseio excessivo da Echeveria pulidonis, já que suas folhas são recobertas por pruína, um acabamento ceroso que dá o aspecto fosco a estas estruturas. O contato com a oleosidade dos nossos dedos acaba deixando impressões digitais nas folhas, que perdem o aspecto empoeirado, bastante ornamental. Mas esta é uma questão que não interfere na saúde da planta.
Tanto em ambientes internos como externos, a Echeveria pulidonis é um espetáculo de suculenta, de personalidade e aparência únicas. Por ser uma planta resistente e de fácil cultivo, costuma ser recomendada a iniciantes. Sem dúvida, uma joia viva que abrilhanta qualquer coleção de suculentas, fazendo belíssimas composições com as rosetas de outras representantes do gênero Echeveria.
Do ponto de vista taxonômico, a Echeveria pulidonis é mais próxima das espécies Echeveria agavoides, Echeveria elegans e Echeveria lilacina, todas bastante ornamentais e apreciadas pelos colecionadores.
Considerada uma planta de crescimento lento, a Echeveria pulidonis apresenta seu metabolismo mais ativo durante os meses mais quentes do ano. É também durante a primavera e verão que suas florações surgem, sob a forma de longas inflorescências, não ramificadas, que apresentam diversas flores em forma de sino, em suas extremidades, caracterizadas pela sua coloração em um tom bem vivo de amarelo.
O cultivo da Echeveria pulidonis é bastante tranquilo, desde que o local escolhido receba bastante luminosidade. Embora esta suculenta aprecie o sol pleno, convém protegê-la dos raios solares mais intensos, característicos das horas mais quentes do dia, principalmente durante o verão. Esta é uma planta ideal para sacadas ensolaradas e jardineiras posicionadas do lado de fora das janelas, que possam receber bastante luminosidade. Dentro de casas e apartamentos, é importante que a Echeveria pulidonis fique posicionada bem próxima a uma janela ensolarada.
Em ambientes muito sombreados, esta suculenta pode sofrer um processo de estiolamento, em que seus tecidos vegetais crescem aceleradamente, ficando frágeis, finos e compridos, em busca de mais luz. Quando mais luminosidade puder ser fornecida à Echeveria pulidonis, mais compacta ficará sua roseta. Além disso, o charme das suas folhas azuladas, margeadas por uma linha avermelhada, é acentuado quando esta suculenta é cultivada em locais bem iluminados.
O solo ideal para o cultivo da Echeveria pulidonis é aquele mais arenoso, bem aerado e rapidamente drenável, semelhante à condição em que esta suculenta se encontra, em seu habitat original. Para quem aprecia praticidade, basta comprar solos já preparados, próprios para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas e garden centers. Há, no entanto, quem prefira produzir seu próprio substrato, cuja composição pode variar bastante. A maioria dos cultivadores opta por uma mistura de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. Há quem acrescente uma parte extra de composto orgânico, mas não há esta necessidade, no caso da Echeveria pulidonis, que está adaptada à vida sobre solos pobres em matéria orgânica.
Embora a Echeveria pulidonis fique perfeita em jardins sob sol pleno, em ambientes de inspiração desértica, esta suculenta também pode ser cultivada em vasos, desde que preparados da forma correta. Eles podem ser de barro ou de plástico, sem maiores problemas. O importante é ter em mente que a cerâmica é mais porosa, permitindo que o substrato seque mais rapidamente. Já o vaso de plástico tende a reter a umidade do solo por um período mais prolongado, fato que deve ser compensado por uma frequência mais espaçada de regas.
O ideal é montar o vaso com uma boa camada de drenagem no fundo. Embora muitos cedam à tentação de colocar suas suculentas em xícaras, bules e cachepots fofos, estes recipientes não têm furos no fundo, o que pode se tornar um problema, na hora de regar a planta. A drenagem ideal pode ser obtida com qualquer material particulado, que pode ser brita, pedrisco ou argila expandida. É importante que o vaso não tenha pratinho embaixo, que pode acumular a água das regas e causar a morte da suculenta, por excesso de umidade.
Não há a necessidade de uma adubação muito intensa da Echeveria pulidonis. Esta suculenta tende a ficar com os tecidos vegetais mais frágeis, caso seja adubada em excesso, principalmente com formulações ricas em nitrogênio. Caso o objetivo seja estimular a floração, um adubo específico, mais rico em fósforo, pode ser aplicado, nos meses que antecedem o surgimento das flores.
A propagação da Echeveria pulidonis ocorre através de folhas destacadas da planta mãe e colocadas em um berçário de suculentas. No entanto, este é um processo bem demorado. A obtenção de mudas desta suculenta é mais rápida e prática através da separação de brotos laterais, que se formam a partir da base da planta principal.
Como um último conselho, com propósitos meramente estéticos, é bom evitar o manuseio excessivo da Echeveria pulidonis, já que suas folhas são recobertas por pruína, um acabamento ceroso que dá o aspecto fosco a estas estruturas. O contato com a oleosidade dos nossos dedos acaba deixando impressões digitais nas folhas, que perdem o aspecto empoeirado, bastante ornamental. Mas esta é uma questão que não interfere na saúde da planta.
Tanto em ambientes internos como externos, a Echeveria pulidonis é um espetáculo de suculenta, de personalidade e aparência únicas. Por ser uma planta resistente e de fácil cultivo, costuma ser recomendada a iniciantes. Sem dúvida, uma joia viva que abrilhanta qualquer coleção de suculentas, fazendo belíssimas composições com as rosetas de outras representantes do gênero Echeveria.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil