| Aeschynanthus radicans | |
Esta é uma típica planta ornamental de interiores. Popularmente conhecida como
columeia batom, flor batom ou planta batom, em função da aparência de suas
flores, a espécie botânica Aeschynanthus radicans adapta-se bem à vida
dentro de casas e apartamentos, em ambientes sombreados, com luminosidade
indireta e temperaturas amenas e constantes, ao longo do dia. No entanto, para
que possa florescer, a columeia batom precisa de luz, ainda que difusa. Por
apresentar uma folhagem pendente, a flor batom é perfeita para aquele canto
mais iluminado da casa, próximo a uma janela ensolarada, acondicionada em um
vaso suspenso.
As columeias, de modo geral, são plantas com belíssimas folhagens ornamentais,
adquirindo o aspecto pendente, com o passar dos anos. As folhas das diferentes
columeias costumam ser parecidas entre si, apresentando um formato ovalado, de
aspecto suculento e consistência firme, com a superfície brilhante. Aqui no
blog, já falamos sobre a
columeia peixinho, da espécie
Nematanthus wettsteinii. Curiosamente, apesar de serem popularmente conhecidas como columeias, tanto
a columeia batom como a columeia peixinho não pertencem ao gênero botânico
Columnea. Apesar disso, ambas as columeias são aparentadas.
O nome científico da columeia batom é Aeschynanthus radicans, sendo
esta uma espécie botânica pertencente à família Gesneriaceae, a mesma
da columeia peixinho e da
violeta africana,
Saintpalia ionantha. O nome do gênero da flor batom, Aeschynanthus, é derivado da palavra
grega aischuno, que significa ser envergonhado, contraída à palavra
anthos, cuja tradução é flor. Isto porque a flor desta columeia, de
fato, comporta-se como um batom. Apresentando um formato cilíndrico, em um
intenso colorido avermelhado, as flores vão se revelando a partir do interior
de um cálice, à medida que desabrocham. Por este motivo, a planta também é
conhecida como lipstick plant, em países de língua inglesa. As flores
da columeia batom são caracterizadas por sua capacidade de atrair
beija-flores, seus principais agentes polinizadores.
A flor batom é produzida por uma planta tipicamente epífita, originária do
continente asiático, ocorrendo predominantemente em regiões subtropicais da
Malásia. Por este motivo, a espécie Aeschynanthus radicans não se
adapta bem a localidades de climas muito frios, não tolerando a geada, por
exemplo.
O cultivo da columeia batom costuma ser bem-sucedido em localidades de
temperaturas mais elevadas e altos índices de umidade relativa do ar. Como o
interior de casas e apartamentos costuma ser muito seco, o uso de
umidificadores de ar, fontes de água ou aquários pode tornar o ambiente mais
saudável para a flor batom, além de melhorar a qualidade de vida de seres
humanos e animais domésticos.
Varandas bem iluminadas também são excelentes opções de locais para o cultivo
da columeia batom. No entanto, em apartamentos localizados em andares mais
altos, é importante tomar cuidado com as correntes de vento, que tendem a
desidratar a planta, diminuindo drasticamente a umidade no local de cultivo.
Nestes ambientes com muito vento, convém utilizar algum anteparo para proteger
as plantas, principalmente as pendentes, como as columeias. Outras plantas
típicas de interiores que também sofrem com o excesso de vento são a samambaia americana
e
mini samambaia havaiana.
Além de ficar linda e exuberante em vasos suspensos, a columeia batom pode fazer belíssimas composições em jardins verticais, muito presentes em varandas de apartamentos. Mesmo sem flores, sua folhagem é bastante ornamental, ficando perfeita na companhia de outras plantas pendentes.
Apesar de precisar de um bom nível de luminosidade para florescer, a columeia batom não tolera o sol direto, principalmente durante as horas mais quentes do dia. O ideal é que a planta fique em um local bom bastante luz indireta, podendo receber os primeiros raios solares do início da manhã.
Por ser uma planta epífita, a columeia batom desenvolve-se melhor em substratos bem aerados, como aqueles utilizados no cultivo de orquídeas. Misturas próprias para este fim podem ser compradas prontas, em lojas especializadas e garden centers. Geralmente, estes substratos são compostos por casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. Além disso, pode-se acrescentar a este material uma igual quantidade de terra adubada, rica em matéria orgânica.
Tomando-se este cuidado, quanto à composição do solo, a columeia batom irá se desenvolver bem, não necessitando de uma adubação adicional, do tipo NPK. No entanto, se a planta apresentar uma relutância em florescer, uma formulação mais rica em fósforo, própria para floração, pode ser aplicada ao vaso. A estação típica de surgimento das flores da columeia batom é o verão.
As regas da columeia batom devem ser moderadas, uma vez que esta planta epífita não suporta ficar com as raízes úmidas, por muito tempo. Deve-se aguardar que o substrato esteja razoavelmente seco, para que uma nova irrigação seja efetuada. Durante o inverno, a frequência das regas deve ser reduzida. Por este motivo, recomenda-se evitar o uso do pratinho sob o vaso, procedimento que pode favorecer o acúmulo da água das regas e o consequente apodrecimento das raízes da flor batom.
Outra situação que não é muito apreciada pela columeia batom é a troca constante de lugar do vaso. Deve-se habituá-la a uma mesma localidade, para que a planta apresente o melhor do seu potencial de desenvolvimento.
A propagação da columeia batom pode ser feita por divisão da touceira ou por estaquia. Basta cortar alguns segmentos do caule, preferencialmente nas extremidades, e plantá-las separadamente. Alternativamente, as estacas podem ser colocadas no mesmo vaso, para se obter um adensamento da touceira. Os segmentos podados também irão desenvolver novas brotações, contribuindo para a obtenção de um vaso com aspecto mais cheio e volumoso.
Além de ser bastante ornamental e adaptar-se ao cultivo dentro de casas e apartamentos, a espécie Aeschynanthus radicans é considerada segura para animais domésticos, não apresentando compostos tóxicos caso ela seja ingerida acidentalmente. Neste quesito, tanto a columeia batom como a columeia peixinho podem ser cultivadas em ambientes internos, que tenham a circulação de pets, sem que possam causar algum dano aos bichos.
O único defeito da columeia batom é apresentar uma pequena lista de exigências, quanto ao seu cultivo. Há, inclusive, quem afirme que ela não gosta de água fria, devendo ser regada com água morna. Não cheguei a este ponto, para atestar a veracidade da informação. No entanto, o fato é que a flor batom irá durar muito mais se for protegida do frio, bem como de correntes de vento e sol direto. Trata-se de uma clássica aquisição para conferir um ar tropical aos ambientes internos, fazendo com que estes cuidados extras valham a pena.
Além de ficar linda e exuberante em vasos suspensos, a columeia batom pode fazer belíssimas composições em jardins verticais, muito presentes em varandas de apartamentos. Mesmo sem flores, sua folhagem é bastante ornamental, ficando perfeita na companhia de outras plantas pendentes.
Apesar de precisar de um bom nível de luminosidade para florescer, a columeia batom não tolera o sol direto, principalmente durante as horas mais quentes do dia. O ideal é que a planta fique em um local bom bastante luz indireta, podendo receber os primeiros raios solares do início da manhã.
Por ser uma planta epífita, a columeia batom desenvolve-se melhor em substratos bem aerados, como aqueles utilizados no cultivo de orquídeas. Misturas próprias para este fim podem ser compradas prontas, em lojas especializadas e garden centers. Geralmente, estes substratos são compostos por casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. Além disso, pode-se acrescentar a este material uma igual quantidade de terra adubada, rica em matéria orgânica.
Tomando-se este cuidado, quanto à composição do solo, a columeia batom irá se desenvolver bem, não necessitando de uma adubação adicional, do tipo NPK. No entanto, se a planta apresentar uma relutância em florescer, uma formulação mais rica em fósforo, própria para floração, pode ser aplicada ao vaso. A estação típica de surgimento das flores da columeia batom é o verão.
As regas da columeia batom devem ser moderadas, uma vez que esta planta epífita não suporta ficar com as raízes úmidas, por muito tempo. Deve-se aguardar que o substrato esteja razoavelmente seco, para que uma nova irrigação seja efetuada. Durante o inverno, a frequência das regas deve ser reduzida. Por este motivo, recomenda-se evitar o uso do pratinho sob o vaso, procedimento que pode favorecer o acúmulo da água das regas e o consequente apodrecimento das raízes da flor batom.
Outra situação que não é muito apreciada pela columeia batom é a troca constante de lugar do vaso. Deve-se habituá-la a uma mesma localidade, para que a planta apresente o melhor do seu potencial de desenvolvimento.
A propagação da columeia batom pode ser feita por divisão da touceira ou por estaquia. Basta cortar alguns segmentos do caule, preferencialmente nas extremidades, e plantá-las separadamente. Alternativamente, as estacas podem ser colocadas no mesmo vaso, para se obter um adensamento da touceira. Os segmentos podados também irão desenvolver novas brotações, contribuindo para a obtenção de um vaso com aspecto mais cheio e volumoso.
Além de ser bastante ornamental e adaptar-se ao cultivo dentro de casas e apartamentos, a espécie Aeschynanthus radicans é considerada segura para animais domésticos, não apresentando compostos tóxicos caso ela seja ingerida acidentalmente. Neste quesito, tanto a columeia batom como a columeia peixinho podem ser cultivadas em ambientes internos, que tenham a circulação de pets, sem que possam causar algum dano aos bichos.
O único defeito da columeia batom é apresentar uma pequena lista de exigências, quanto ao seu cultivo. Há, inclusive, quem afirme que ela não gosta de água fria, devendo ser regada com água morna. Não cheguei a este ponto, para atestar a veracidade da informação. No entanto, o fato é que a flor batom irá durar muito mais se for protegida do frio, bem como de correntes de vento e sol direto. Trata-se de uma clássica aquisição para conferir um ar tropical aos ambientes internos, fazendo com que estes cuidados extras valham a pena.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil