| Tradescantia zebrina | |
Esta é outra planta ornamental que pode ser encontrada em todos os lugares.
Decorando pequenos cantos sombreados, dentro de casas e apartamentos, pendendo
como vastas cabeleiras, em vasos suspensos, nos alpendres e varandas, servindo
como forração em canteiros no jardim, e até mesmo nas vias públicas, em
calçadas, praças públicas e terrenos abandonados. Popularmente conhecida como
lambari roxo, a espécie Tradescantia zebrina é um espetáculo de beleza,
colorido e versatilidade, além de ser praticamente indestrutível. Atualmente,
voltou com força total, como uma das vedetes da decoração de interiores.
Igualmente belas e versáteis são as outras espécies de Tradescantia,
comumente utilizadas no paisagismo, tais como o
abacaxi roxo,
Tradescantia spathacea
e a
trapoeraba roxa,
Tradescantia pallida purpurea. Juntamente com o lambari roxo, Tradescantia zebrina, estas plantas
são capazes de quebrar a monotonia monocromática dos ambientes dominados por
folhagens predominantemente verdes. Menos conhecida, já apresentamos aqui no
blog a
Tradescantia sillamontana, que tem a aparência de uma planta suculenta, possuindo folhas recobertas
por tricomas, lembrando teias de aranha.
O gênero botânico Tradescantia é típico do continente americano,
pertencendo à família Commelinaceae. O lambari roxo é originário do
México, América Central e Colômbia. A espécie
Tradescantia zebrina recebe o curioso apelido de wandering jew,
em países de língua inglesa, que significa algo como judeu errante. Não vejo
sentido neste nome popular e procuro não usá-lo. Acho lambari ou lambari roxo
muito mais simpático e menos polêmico.
O nome científico do lambari roxo, Tradescantia zebrina, é fácil de ser compreendido, uma vez que suas folhas apresentam, de fato, uma estampa listrada, que lembra a pelagem da zebra. A superfície da folhagem apresenta riscas paralelas em verde, cinza prateado e lilás, ao passo que a parte inferior das folhas é predominantemente púrpura. Trata-se de uma planta de porte herbáceo, com folhas prostradas, que formam extensos tapetes quando cultivadas diretamente no solo. Em vasos suspensos, seus caules vão se tornando pendentes, à medida que crescem em comprimento.
Apesar de ser bastante utilizado no paisagismo de áreas externas, cultivado frequentemente em jardins e praças públicas, o lambari roxo não suporta o sol pleno. Por este motivo, esta forração é frequentemente utilizada em locais onde as grama não se desenvolve, por falta de luminosidade. A Tradescantia zebrina é perfeita para preencher aqueles espaços sob as copas das árvores, que fornecem uma luminosidade filtrada à planta. Aqui em São Paulo, é muito comum encontrarmos o lambari roxo em canteiros nas calçadas, sob as árvores. O mesmo ocorre com a trapoeraba roxa.
Neste contexto, raramente é necessário irmos ao garden center para adquirirmos mudas destas plantas. Além de estarem sempre à disposição, em espaços públicos, pequenas estacas de lambari roxo são suficientes para multiplicar a planta. O enraizamento das ponteiras pode ser realizado em um recipiente com água ou diretamente na terra. A Tradescantia zebrina cresce e se propaga com bastante rapidez, sendo capaz de preencher totalmente um vaso, em pouco tempo. Para que a touceira fique mais densa, as novas mudas podem ser plantadas no vaso original, para obtermos um aspecto mais compacto e frondoso.
O lambari roxo é uma excelente planta para trocarmos com os vizinhos e parentes, dada a facilidade com que ela se multiplica. Além disso, torna-se quase irresistível recolher um pequeno galho das ruas, sempre que nos deparamos com uma moita de lambari roxo, no meio da calçada. Claro que eu jamais enfiaria a mão em um jardim particular, para roubar mudas de plantas.
O lambari roxo não é muito exigente quanto ao tipo de solo. Particularmente, eu prefiro trocar aquele solo argiloso, no qual a planta costuma vir plantada, do produtor. Prefiro utilizar aquele substrato que é vendido pronto, próprio para a jardinagem amadora. No caso da Tradescantia zebrina, caso o cultivador prefira, pode incrementar esta terra vegetal com algum composto orgânico, como torta de mamona, farinha de osso ou esterco curtido. Por ser uma folhagem tropical, o lambari roxo aprecia solos levemente úmidos, ricos em matéria orgânica.
Quem acompanha as matérias, aqui do blog, sabe que tenho um certa aversão à adubação orgânica, já que cultivo plantas dentro do quarto. Este material, durante o processo de decomposição, necessário para liberar nutrientes às raízes das plantas, alimenta colônias de fungos e bactérias, que acabam eliminando odores desagradáveis, que, por sua vez, atraem insetos indesejados. Aqui no apartamento, costumo utilizar uma adubação industrializada, do tipo NPK, com macro e micronutrientes. No caso de folhagens ornamentais, qualquer fórmula básica de manutenção, com níveis equilibrados de NPK, são suficientes para garantir um bom desenvolvimento do lambari roxo e de seus parentes.
A luminosidade para o cultivo do lambari roxo deve ser indireta, porém intensa. Caso a planta seja cultivada em locais muito sombreados, sua folhagem vai se tornando mais pálida. Além disso, os caules adquirem um aspecto mais fino e comprido, resultante de um processo denominado estiolamento, em que a planta cresce aceleradamente, em busca de luz. A Tradescantia zebrina é ideal para ser cultivada dentro de casas e apartamentos, em um local próximo a uma janela bem iluminada, sem sol direto.
As regas devem ser frequentes o bastante para manterem o solo levemente úmido, sem encharcamento. Para isso, o substrato deve ser bem aerado e drenável. Convém evitar o uso do pratinho sob o vaso. Como uma planta tropical, o lambari roxo não se dá bem com temperaturas muito baixas ou geadas. Além disso, esta é uma planta que aprecia bons níveis de umidade relativa do ar, no ambiente de cultivo. Durante as regas, é importante evitar molhar suas folhas suculentas, de modo a não permitir que a água se acumule no miolo entre as folhas, que pode apodrecer e comprometer o crescimento da planta.
Embora o lambari roxo não necessite de podas frequentes, convém cortar as pontas dos caules mais longos, ocasionalmente, para estimular a ramificação da planta e obter uma touceira mais densa. As ponteiras cortadas podem ser utilizadas para a produção de novas mudas. Embora elas possam ser plantadas diretamente na terra, eu gosto de colocar os ramos cortados em um recipiente com água, até que eles desenvolvam raízes longas o suficiente para serem transferidos aos vasos com terra.
Bonito, resistente, de fácil cultivo, o lambari roxo é uma solução perfeita para quem cultiva plantas dentro de casas e apartamentos. Sua manutenção é baixíssima e seu efeito ornamental é incomparável. Este é o tipo de planta que me transmite segurança, já que, se tudo der errado, ainda posso preencher o quarto somente com algumas espécies indestrutíveis de Tradescantia.
O nome científico do lambari roxo, Tradescantia zebrina, é fácil de ser compreendido, uma vez que suas folhas apresentam, de fato, uma estampa listrada, que lembra a pelagem da zebra. A superfície da folhagem apresenta riscas paralelas em verde, cinza prateado e lilás, ao passo que a parte inferior das folhas é predominantemente púrpura. Trata-se de uma planta de porte herbáceo, com folhas prostradas, que formam extensos tapetes quando cultivadas diretamente no solo. Em vasos suspensos, seus caules vão se tornando pendentes, à medida que crescem em comprimento.
Apesar de ser bastante utilizado no paisagismo de áreas externas, cultivado frequentemente em jardins e praças públicas, o lambari roxo não suporta o sol pleno. Por este motivo, esta forração é frequentemente utilizada em locais onde as grama não se desenvolve, por falta de luminosidade. A Tradescantia zebrina é perfeita para preencher aqueles espaços sob as copas das árvores, que fornecem uma luminosidade filtrada à planta. Aqui em São Paulo, é muito comum encontrarmos o lambari roxo em canteiros nas calçadas, sob as árvores. O mesmo ocorre com a trapoeraba roxa.
Neste contexto, raramente é necessário irmos ao garden center para adquirirmos mudas destas plantas. Além de estarem sempre à disposição, em espaços públicos, pequenas estacas de lambari roxo são suficientes para multiplicar a planta. O enraizamento das ponteiras pode ser realizado em um recipiente com água ou diretamente na terra. A Tradescantia zebrina cresce e se propaga com bastante rapidez, sendo capaz de preencher totalmente um vaso, em pouco tempo. Para que a touceira fique mais densa, as novas mudas podem ser plantadas no vaso original, para obtermos um aspecto mais compacto e frondoso.
O lambari roxo é uma excelente planta para trocarmos com os vizinhos e parentes, dada a facilidade com que ela se multiplica. Além disso, torna-se quase irresistível recolher um pequeno galho das ruas, sempre que nos deparamos com uma moita de lambari roxo, no meio da calçada. Claro que eu jamais enfiaria a mão em um jardim particular, para roubar mudas de plantas.
O lambari roxo não é muito exigente quanto ao tipo de solo. Particularmente, eu prefiro trocar aquele solo argiloso, no qual a planta costuma vir plantada, do produtor. Prefiro utilizar aquele substrato que é vendido pronto, próprio para a jardinagem amadora. No caso da Tradescantia zebrina, caso o cultivador prefira, pode incrementar esta terra vegetal com algum composto orgânico, como torta de mamona, farinha de osso ou esterco curtido. Por ser uma folhagem tropical, o lambari roxo aprecia solos levemente úmidos, ricos em matéria orgânica.
Quem acompanha as matérias, aqui do blog, sabe que tenho um certa aversão à adubação orgânica, já que cultivo plantas dentro do quarto. Este material, durante o processo de decomposição, necessário para liberar nutrientes às raízes das plantas, alimenta colônias de fungos e bactérias, que acabam eliminando odores desagradáveis, que, por sua vez, atraem insetos indesejados. Aqui no apartamento, costumo utilizar uma adubação industrializada, do tipo NPK, com macro e micronutrientes. No caso de folhagens ornamentais, qualquer fórmula básica de manutenção, com níveis equilibrados de NPK, são suficientes para garantir um bom desenvolvimento do lambari roxo e de seus parentes.
A luminosidade para o cultivo do lambari roxo deve ser indireta, porém intensa. Caso a planta seja cultivada em locais muito sombreados, sua folhagem vai se tornando mais pálida. Além disso, os caules adquirem um aspecto mais fino e comprido, resultante de um processo denominado estiolamento, em que a planta cresce aceleradamente, em busca de luz. A Tradescantia zebrina é ideal para ser cultivada dentro de casas e apartamentos, em um local próximo a uma janela bem iluminada, sem sol direto.
As regas devem ser frequentes o bastante para manterem o solo levemente úmido, sem encharcamento. Para isso, o substrato deve ser bem aerado e drenável. Convém evitar o uso do pratinho sob o vaso. Como uma planta tropical, o lambari roxo não se dá bem com temperaturas muito baixas ou geadas. Além disso, esta é uma planta que aprecia bons níveis de umidade relativa do ar, no ambiente de cultivo. Durante as regas, é importante evitar molhar suas folhas suculentas, de modo a não permitir que a água se acumule no miolo entre as folhas, que pode apodrecer e comprometer o crescimento da planta.
Embora o lambari roxo não necessite de podas frequentes, convém cortar as pontas dos caules mais longos, ocasionalmente, para estimular a ramificação da planta e obter uma touceira mais densa. As ponteiras cortadas podem ser utilizadas para a produção de novas mudas. Embora elas possam ser plantadas diretamente na terra, eu gosto de colocar os ramos cortados em um recipiente com água, até que eles desenvolvam raízes longas o suficiente para serem transferidos aos vasos com terra.
Bonito, resistente, de fácil cultivo, o lambari roxo é uma solução perfeita para quem cultiva plantas dentro de casas e apartamentos. Sua manutenção é baixíssima e seu efeito ornamental é incomparável. Este é o tipo de planta que me transmite segurança, já que, se tudo der errado, ainda posso preencher o quarto somente com algumas espécies indestrutíveis de Tradescantia.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil