| Rhipsalis baccifera | |
No universo das plantas capazes de armazenar água em seus tecidos vegetais,
existe uma interessante confusão sobre o que é cacto ou suculenta. Muitas
plantas suculentas, embora apresentem espinhos, não são chamadas de cactos.
Por outro lado, existem cactos que possuem a aparência de uma suculenta, como
é o caso do cacto macarrão, apelido popular dado à espécie botânica
Rhipsalis baccifera. Ao contrário dos seus primos espinhentos, o cacto
macarrão é inofensivo, adaptando-se muito bem ao cultivo em ambientes mais
sombreados, sendo ideal para quem mora em casas e apartamentos.
Apenas as espécies de
plantas suculentas
pertencentes à família Cactaceae são consideradas cactos verdadeiros.
As eufórbias, por exemplo, cuja representante mais famosa é a
coroa de Cristo,
Euphorbia millii, embora tenham espinhos e a aparência de um cacto, pertencem a uma outra
família botânica, Euphorbiaceae, não sendo, portanto, cactáceas.
Já o cacto macarrão vai no sentido oposto, uma vez que possui um hábito de
vida epífito e pendente, totalmente diferente dos cactos clássicos, tais como
a
Opuntia monacantha,
Opunthia subulata
e
Opuntia microdasys, o famoso cacto orelha de Mickey. A espécie Rhipsalis baccifera,
embora seja uma cactácea, não apresenta espinhos e se caracteriza por seus
caules finos e roliços, bastante ramificados. Este aspecto vegetativo é
característico de várias espécies do gênero Rhipsalis.
Outro fator importante, que diferencia o cacto macarrão das demais cactáceas, é a sua preferência por ambientes de sombra ou meia sombra. Em seu habitat original, a Rhipsalis baccifera vegeta sobre os troncos das árvores, sendo protegida do sol direto pelas copas destas plantas. Sob estas condições, o cacto macarrão forma grandes touceiras, atingindo dimensões consideráveis.
No exterior, o cacto macarrão é conhecido como mistletoe cactus. A espécie Rhipsalis baccifera é típica do novo mundo, podendo ser encontrada em regiões de clima tropical, nas Américas do Sul e Central. Aqui no Brasil, ele pode ser encontrado em regiões de Mata Atlântica. No entanto, há a ocorrência deste cacto macarrão em algumas regiões da África e Ásia. As cactáceas são tipicamente plantas do novo mundo, de tal forma que é surpreendente vermos um cacto ocorrendo nativamente, no velho mundo. Existe uma hipótese de que as sementes de Rhipsalis baccifera tenham sido levadas das Américas para outros continentes, por aves migratórias. Alternativamente, supõe-se que algumas sementes do cacto macarrão possam ter sido levadas por navios, que cruzavam o Atlântico, transportando mercadorias entre o Brasil e a África.
O fato é que, atualmente, o cacto macarrão ganhou o mundo todo, como planta ornamental. Diferentemente de outras cactáceas, que precisam de sol pleno para um bom desenvolvimento, a Rhipsalis baccifera contenta-se com o cultivo dentro de casas e apartamentos, desde que seja posicionada próximo a uma janela com boa luminosidade. Muito embora o cacto macarrão possa florescer e frutificar, fenômeno que se concentra nos meses da primavera e verão, o foco principal dos cultivadores é sobre o grande efeito ornamental de seus artículos pendentes, em forma de densas cabeleiras verdes.
Neste sentido, o ideal é que o cacto macarrão seja cultivado em vasos suspensos, que podem ser de plástico ou de barro. O vaso de plástico, além de ser mais leve, apresenta a vantagem de reter a umidade por um período mais prolongado, permitindo que as regas sejam mais espaçadas. O ideal é que o substrato fique sempre levemente úmido, sem excessos. Sendo uma planta epífita, o cacto macarrão adapta-se bem ao cultivo em substratos próprios para o cultivo de orquídeas, geralmente compostos por casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. Trata-se de uma cactácea que fica belíssima em jardins verticais, funcionando como uma forração para outras plantas ornamentais epífitas, tais como orquídeas, bromélias e samambaias.
Embora cactos e suculentas costumem preferir ambientes quentes e secos, o cacto macarrão precisa de um ambiente com elevados níveis de umidade relativa do ar, para um bom desenvolvimento. Esta condição pode ser conseguida com umidificadores de ar ou através do uso de um aparato que visa aumentar a umidade em torno do vaso, denominado bandeja umidificadora. Este recipiente contém uma camada de areia, brita ou argila expandida, de modo que abrigue uma lâmina de água, no fundo. Os vasos com o cacto macarrão vão por cima desta bandeja, de modo que as raízes da planta não fiquem em contato direto com a água.
Outro procedimento benéfico para a saúde do cacto macarrão, principalmente em ambientes muito secos e empoeirados, característicos do interior de casas e apartamentos, é borrifar a planta com água, no início da manhã. Além disso, de tempos em tempos, pode-se dar um banho mais caprichado, com o chuveirinho do banheiro, ou sob a torneira da pia, de modo que o cacto macarrão fique livre de impurezas acumuladas nas folhas e raízes.
A Rhipsalis baccifera não é muito exigente quanto à adubação. Em seu habitat original, esta planta epífita se alimenta de detritos que caem das árvores, ou que são trazidos pelo vento ou pela água das chuvas. Qualquer fertilizante do tipo NPK, aplicado de forma esporádica, será suficiente para a manutenção do cacto macarrão. Eu costumo usar metade da dose recomendada pelo fabricante, aproximadamente uma vez por mês.
A melhor forma forma de se propagar o cacto macarrão é através do método de estaquia. Pequenos segmentos dos caules podem ser cortados e plantados separadamente, gerando uma nova muda. Após o corte, com um instrumento afiado e esterilizado, é importante deixar o segmento descansar, por alguns dias, para que o ferimento seja cicatrizado. Pode-se aplicar canela em pó, nas regiões cortadas, uma vez que esta substância apresenta propriedades antifúngicas e bactericidas. Depois de se formar uma calosidade no segmento, basta plantá-lo em um solo bem drenável e aguardar por seu enraizamento. Este é um bom método para se obter um maior adensamento da touceira, que ficará mais bonita quando os caules se tornarem pendentes.
Outro fator importante, que diferencia o cacto macarrão das demais cactáceas, é a sua preferência por ambientes de sombra ou meia sombra. Em seu habitat original, a Rhipsalis baccifera vegeta sobre os troncos das árvores, sendo protegida do sol direto pelas copas destas plantas. Sob estas condições, o cacto macarrão forma grandes touceiras, atingindo dimensões consideráveis.
No exterior, o cacto macarrão é conhecido como mistletoe cactus. A espécie Rhipsalis baccifera é típica do novo mundo, podendo ser encontrada em regiões de clima tropical, nas Américas do Sul e Central. Aqui no Brasil, ele pode ser encontrado em regiões de Mata Atlântica. No entanto, há a ocorrência deste cacto macarrão em algumas regiões da África e Ásia. As cactáceas são tipicamente plantas do novo mundo, de tal forma que é surpreendente vermos um cacto ocorrendo nativamente, no velho mundo. Existe uma hipótese de que as sementes de Rhipsalis baccifera tenham sido levadas das Américas para outros continentes, por aves migratórias. Alternativamente, supõe-se que algumas sementes do cacto macarrão possam ter sido levadas por navios, que cruzavam o Atlântico, transportando mercadorias entre o Brasil e a África.
O fato é que, atualmente, o cacto macarrão ganhou o mundo todo, como planta ornamental. Diferentemente de outras cactáceas, que precisam de sol pleno para um bom desenvolvimento, a Rhipsalis baccifera contenta-se com o cultivo dentro de casas e apartamentos, desde que seja posicionada próximo a uma janela com boa luminosidade. Muito embora o cacto macarrão possa florescer e frutificar, fenômeno que se concentra nos meses da primavera e verão, o foco principal dos cultivadores é sobre o grande efeito ornamental de seus artículos pendentes, em forma de densas cabeleiras verdes.
Neste sentido, o ideal é que o cacto macarrão seja cultivado em vasos suspensos, que podem ser de plástico ou de barro. O vaso de plástico, além de ser mais leve, apresenta a vantagem de reter a umidade por um período mais prolongado, permitindo que as regas sejam mais espaçadas. O ideal é que o substrato fique sempre levemente úmido, sem excessos. Sendo uma planta epífita, o cacto macarrão adapta-se bem ao cultivo em substratos próprios para o cultivo de orquídeas, geralmente compostos por casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. Trata-se de uma cactácea que fica belíssima em jardins verticais, funcionando como uma forração para outras plantas ornamentais epífitas, tais como orquídeas, bromélias e samambaias.
Embora cactos e suculentas costumem preferir ambientes quentes e secos, o cacto macarrão precisa de um ambiente com elevados níveis de umidade relativa do ar, para um bom desenvolvimento. Esta condição pode ser conseguida com umidificadores de ar ou através do uso de um aparato que visa aumentar a umidade em torno do vaso, denominado bandeja umidificadora. Este recipiente contém uma camada de areia, brita ou argila expandida, de modo que abrigue uma lâmina de água, no fundo. Os vasos com o cacto macarrão vão por cima desta bandeja, de modo que as raízes da planta não fiquem em contato direto com a água.
Outro procedimento benéfico para a saúde do cacto macarrão, principalmente em ambientes muito secos e empoeirados, característicos do interior de casas e apartamentos, é borrifar a planta com água, no início da manhã. Além disso, de tempos em tempos, pode-se dar um banho mais caprichado, com o chuveirinho do banheiro, ou sob a torneira da pia, de modo que o cacto macarrão fique livre de impurezas acumuladas nas folhas e raízes.
A Rhipsalis baccifera não é muito exigente quanto à adubação. Em seu habitat original, esta planta epífita se alimenta de detritos que caem das árvores, ou que são trazidos pelo vento ou pela água das chuvas. Qualquer fertilizante do tipo NPK, aplicado de forma esporádica, será suficiente para a manutenção do cacto macarrão. Eu costumo usar metade da dose recomendada pelo fabricante, aproximadamente uma vez por mês.
A melhor forma forma de se propagar o cacto macarrão é através do método de estaquia. Pequenos segmentos dos caules podem ser cortados e plantados separadamente, gerando uma nova muda. Após o corte, com um instrumento afiado e esterilizado, é importante deixar o segmento descansar, por alguns dias, para que o ferimento seja cicatrizado. Pode-se aplicar canela em pó, nas regiões cortadas, uma vez que esta substância apresenta propriedades antifúngicas e bactericidas. Depois de se formar uma calosidade no segmento, basta plantá-lo em um solo bem drenável e aguardar por seu enraizamento. Este é um bom método para se obter um maior adensamento da touceira, que ficará mais bonita quando os caules se tornarem pendentes.
Em resumo, cuidar do cacto macarrão não é muito diferente de cultivar
orquídeas,
samambaias
ou uma
flor de maio, que também é uma cactácea epífita. Trata-se de uma planta extremamente
ornamental, exótica, e que se adapta à vida em ambientes internos, trazendo um
exuberante ar tropical a qualquer decoração de interiores.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil