| Alstroemeria híbrida | |
As pequenas e delicadas flores da astromélia, que lembram
lírios
em miniatura, costumam suscitar uma série de dúvidas quanto à sua identidade e
nomenclatura. Afinal, qual é o termo correto? Embora sejam popularmente
conhecidas como astromélias, aqui no Brasil, estas flores são produzidas por
uma planta cujo nome científico é Alstroemeria. E, ao contrário do que
parece, não se tratam de lírios verdadeiros, uma vez que fazem parte da
família botânica Alstroemeriaceae, e não Liliaceae.
Ainda assim, a astromélia é popularmente conhecida como lírio dos incas ou
lírio peruano, principalmente em países de língua inglesa, onde podemos
encontrar a Alstroemeria híbrida sendo chamada de
lily of the incas ou peruvian lily. O fato é que, culturalmente,
temos o costume de apelidar de lírios várias outras plantas que não
necessariamente pertencem ao gênero Lilium ou à família
Liliaceae. É o que acontece com o
lírio da paz, por exemplo, cujo nome científico é
Spathiphyllum wallisii, pertencente à família das aráceas.
O gênero Alstroemeria foi estabelecido por Carl Linnaeus, que decidiu
homenagear seu amigo, o barão sueco Clas Alströmer, conhecido naturalista
que viveu no século XVIII. As astromélias são plantas típicas do continente
americano, ocorrendo predominantemente na América do Sul. Apesar do apelido
lírio peruano, os principais locais de ocorrência das espécies de
Alstroemeria são Chile e Brasil.
As astromélias chilenas são conhecidas por seu desenvolvimento nos meses de
inverno, ao passo que as espécies brasileiras crescem mais durante o verão. No
entanto, a vasta maioria dos exemplares que encontramos no mercado,
atualmente, são híbridos e cultivares desenvolvidos pelos produtores, ao longo
de décadas de cruzamentos seletivos e melhoramentos genéticos. Estes são
processos que ocorrem predominantemente nas estufas europeias, principalmente
na Holanda.
Aqui no Brasil, a cidade paulista de Holambra é um grande pólo produtor deste
gênero botânico. A grande popularidade da astromélia na decoração de
interiores, principalmente como flor de corte, levou à obtenção de híbridos
nas mais diferentes colorações, que incluem o branco, amarelo, laranja,
pink, púrpura e vermelho, em tonalidades diversas. Há também diversos
cultivares bicolores. A marca registrada das astromélias é a presença de duas
pétalas diferenciadas, com estampas pintalgadas, mais escuras, em estilo
animal print, que são as responsáveis pela atração dos agentes
polinizadores.
Além da obtenção de flores com cores variadas, os produtores usam os
cruzamentos seletivos para o desenvolvimento de astromélias capazes de
florescer ao longo de todos os meses do ano. Este feito é conseguido através
da hibridização de espécies chilenas, cuja floração ocorre no inverno, com as
espécies brasileiras de Alstroemeria, que florescem durante os meses de
verão. Desta forma, os cultivares híbridos adquirem a capacidade de florescer
em diferentes épocas do ano. No cultivo doméstico, em jardins ou vasos, as
astromélias híbridas apresentam o pico de floração na primavera e verão.
A astromélia está entre as flores mais populares e comercializadas, no Brasil e no mundo. Sua utilização na decoração de ambientes internos dá-se, predominantemente, como flor de corte. Presentear com astromélias é um ato de valorizar a amizade e as relações duradouras. Além disso, no vasto universo dos significados das flores, o gênero Alstroemeria costuma simbolizar a devoção e felicidade plena.
Muitos desdes significados estão relacionados à característica de longa duração da flor da astromélia, mesmo quando cortada e mantida em vasos com água. Para que esta durabilidade se estenda por longos períodos, é importante cortar a base da haste floral, na diagonal, com um instrumento limpo e afiado. Desta forma, os vasos condutores ficam expostos e capacitados a fornecer água e nutrientes à flor, por um período mais prolongado. De tempos em tempos, é aconselhável que este procedimento se repita, já que o tecido das pontas das hastes florais tende a apodrecer. Existem conservantes específicos para serem adicionados à água das flores de corte, aumentando sua durabilidade.
Ainda assim, é recomendável que a água do vaso seja trocada, periodicamente, para aumentar a durabilidade das flores da astromélia. Outro cuidado importante é mantê-las longe do sol direto e da chuva. O excesso de umidade pode favorecer o desenvolvimento de fungos que causam manchas no tecido vegetal destas flores.
Embora sejam bastante duráveis como flores de corte, as astromélias requerem uma série de cuidados, em relação ao seu cultivo, sendo consideradas plantas delicadas. De modo geral, suas florações são obtidas em estufas profissionais, com condições climáticas controladas. No cultivo doméstico, o gênero botânico Alstroemeria necessita de luminosidade abundante, com várias horas de sol pleno por dia, para que suas florações ocorram. Não se trata de uma flor para ser cultivada dentro de casas e apartamentos, onde a intensidade de luz pode ser insuficiente para desencadear o surgimento das flores.
Em áreas externas, em jardins ou vasos, a astromélia aprecia solos ricos em matéria orgânica e bem drenáveis. Esta é uma flor que deve ser protegida do frio intenso, não suportando geadas. Além disso, é aconselhável que a planta não fique exposta ao sol direto das horas mais quentes do dia, sob risco de suas folhas e flores serem prejudicadas.
As regas da astromélia devem ser moderadas, de modo que o solo permaneça levemente úmido, sem encharcamento. As raízes desta planta costumam apresentar um aspecto suculento, sendo capazes de armazenar água e nutrientes, razão pela qual a astromélia pode suportar pequenos períodos de estiagem. Durante as irrigações, no entanto, as flores devem ser poupadas, já que podem ficar manchadas, se molhadas com frequência. Embora não sejam perfumadas, as flores da Alstroemeria são conhecidas por atraírem abelhas, seus agentes polinizadores.
Confesso que nunca encontrei uma astromélia plantada em vaso, à venda nos garden centers que costumo frequentar. Esta é uma flor de corte, por excelência. Sua produção é mais abundante em estufas comerciais, de modo que podemos encontrá-la à venda durante o ano todo. Neste contexto, a Alstroemeria costuma estar sempre presente em ambientes internos, mas compondo arranjos florais com diversas outras espécies. As astromélias têm este poder de conferir um ar de flores do campo aos ambientes que decoram, apresentando ainda a vantagem de serem bastante duráveis. Particularmente, adoro esta flor e acho que qualquer evento fica mais leve e alegre, com a presença de astromélias.
A astromélia está entre as flores mais populares e comercializadas, no Brasil e no mundo. Sua utilização na decoração de ambientes internos dá-se, predominantemente, como flor de corte. Presentear com astromélias é um ato de valorizar a amizade e as relações duradouras. Além disso, no vasto universo dos significados das flores, o gênero Alstroemeria costuma simbolizar a devoção e felicidade plena.
Muitos desdes significados estão relacionados à característica de longa duração da flor da astromélia, mesmo quando cortada e mantida em vasos com água. Para que esta durabilidade se estenda por longos períodos, é importante cortar a base da haste floral, na diagonal, com um instrumento limpo e afiado. Desta forma, os vasos condutores ficam expostos e capacitados a fornecer água e nutrientes à flor, por um período mais prolongado. De tempos em tempos, é aconselhável que este procedimento se repita, já que o tecido das pontas das hastes florais tende a apodrecer. Existem conservantes específicos para serem adicionados à água das flores de corte, aumentando sua durabilidade.
Ainda assim, é recomendável que a água do vaso seja trocada, periodicamente, para aumentar a durabilidade das flores da astromélia. Outro cuidado importante é mantê-las longe do sol direto e da chuva. O excesso de umidade pode favorecer o desenvolvimento de fungos que causam manchas no tecido vegetal destas flores.
Embora sejam bastante duráveis como flores de corte, as astromélias requerem uma série de cuidados, em relação ao seu cultivo, sendo consideradas plantas delicadas. De modo geral, suas florações são obtidas em estufas profissionais, com condições climáticas controladas. No cultivo doméstico, o gênero botânico Alstroemeria necessita de luminosidade abundante, com várias horas de sol pleno por dia, para que suas florações ocorram. Não se trata de uma flor para ser cultivada dentro de casas e apartamentos, onde a intensidade de luz pode ser insuficiente para desencadear o surgimento das flores.
Em áreas externas, em jardins ou vasos, a astromélia aprecia solos ricos em matéria orgânica e bem drenáveis. Esta é uma flor que deve ser protegida do frio intenso, não suportando geadas. Além disso, é aconselhável que a planta não fique exposta ao sol direto das horas mais quentes do dia, sob risco de suas folhas e flores serem prejudicadas.
As regas da astromélia devem ser moderadas, de modo que o solo permaneça levemente úmido, sem encharcamento. As raízes desta planta costumam apresentar um aspecto suculento, sendo capazes de armazenar água e nutrientes, razão pela qual a astromélia pode suportar pequenos períodos de estiagem. Durante as irrigações, no entanto, as flores devem ser poupadas, já que podem ficar manchadas, se molhadas com frequência. Embora não sejam perfumadas, as flores da Alstroemeria são conhecidas por atraírem abelhas, seus agentes polinizadores.
Confesso que nunca encontrei uma astromélia plantada em vaso, à venda nos garden centers que costumo frequentar. Esta é uma flor de corte, por excelência. Sua produção é mais abundante em estufas comerciais, de modo que podemos encontrá-la à venda durante o ano todo. Neste contexto, a Alstroemeria costuma estar sempre presente em ambientes internos, mas compondo arranjos florais com diversas outras espécies. As astromélias têm este poder de conferir um ar de flores do campo aos ambientes que decoram, apresentando ainda a vantagem de serem bastante duráveis. Particularmente, adoro esta flor e acho que qualquer evento fica mais leve e alegre, com a presença de astromélias.
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Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil