| Portulaca grandiflora | |
Muito embora seja uma
planta suculenta, a onze horas acabou sendo ofuscada pela beleza de suas flores, a tal ponto
que poucos se lembram de incluí-la em sua coleção de gorduchas. A
Portulaca grandiflora é aquela presença típica nos jardins de nossas
mães e avós, muito apreciada graças ao seu comportamento único, de abrir as
flores sempre no mesmo horário da manhã. Ao longo deste artigo, vamos conhecer
um pouco mais sobre as curiosidades em relação à flor onze horas, bem como as
melhores maneiras de cultivá-la.
A onze horas, cujo nome científico é Portulaca grandiflora, é uma
suculenta pertencente à família botânica Portulacaceae, cujos
representantes distribuem-se ao longo de regiões semiáridas localizadas na
África, América do Sul e Austrália, sempre concentrando-se no hemisfério sul.
A espécie grandiflora, que aqui no Brasil recebe o apelido de onze
horas, é típica dos estados do sudeste do país, podendo também ser encontrada
nativamente na Argentina e Uruguai. No passado, a suculenta
Portulacaria afra
era considerada um membro desta mesma família. No entanto, estudos recentes
embasaram sua transferência para a família Didiereaceae.
Como o nome da espécie já indica, trata-se de uma planta que produz flores grandes e vistosas. Elas podem ser simples, portando apenas cinco pétalas, como o exemplar representado na foto de abertura deste artigo, ou dobradas, com várias camadas sobrepostas de pétalas, assemelhando-se às rosas. Por este motivo, a onze horas é conhecida como rose moss, mexican rose ou vietnam rose, no exterior. Também pode ser chamada de time flower, ou flor do tempo, graças ao seu hábito de desabrochar pontualmente no mesmo horário. Além da cor púrpura, a mais comumente encontrada nos jardins, podemos ter a onze horas nas colorações branca, amarela, laranja, rosada e vermelha, entre outras.
Apenas uma pessoa mais atenta vai olhar além das vistosas flores da onze horas e reparar em suas folhas suculentas, finas e alongadas, dispostas alternadamente em caules também suculentos, como um Sedum.
Um fato curioso a respeito desta suculenta é que trata-se de uma planta anual. Isto significa que, no período aproximado de doze meses, a onze horas nasce, cresce, floresce e, se polinizada, dá frutos e sementes, morrendo no final. É o ciclo de vida natural da planta, que dura apenas quatro estações. São exemplos de plantas anuais a margarida, girassol, alface e couve-flor. A maioria das suculentas que conhecemos, por outro lado, é constituída por plantas perenes, que continuam a florescer e se multiplicar indefinidamente, por longos anos.
No entanto, a despeito deste curto período de vida da onze horas, ela pode se multiplicar rapidamente, através de estaquias de seus caules suculentos. Outro meio de propagação da Portulaca grandiflora é através da germinação de suas sementes, que devem ser plantadas nos meses do verão.
Muito embora as flores da onze horas possam surgir ao longo de todo o ano, é durante a primavera e verão, quando as temperaturas estão mais elevadas, que se concentra a floração. A Portulaca grandiflora é fotossensível, o que significa que ela responde aos diferentes níveis de luminosidade ao longo do dia. Por volta das onze horas, quando o sol aproxima-se de seu zênite, as flores se abrem. No final da tarde, com a queda da luminosidade, as flores da onze horas se fecham.
A condição ideal de cultivo, para que as flores da onze horas surjam em maior abundância, é o sol pleno. No entanto, trata-se de uma planta bastante versátil, que também pode ser cultivada à meia sombra, desde que receba bastante luminosidade indireta ou filtrada. Em casas e apartamentos, é muito difícil que ela floresça, caso seja colocada dentro de salas ou quartos. O ideal é que a Portulaca grandiflora fique em uma varanda bem ensolarada, ou em jardineiras posicionadas do lado de fora dos imóveis. O recomendado é que a onze horas receba, pelo menos, quatro horas de sol por dia.
O solo ideal para o plantio da onze horas é aquele mais arenoso, como o
recomendado para o cultivo de cactos e suculentas. Para tanto, basta misturar
terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. Já há substratos próprios à
venda em lojas especializadas e garden centers. Além disso, pode-se
misturar uma parte de composto orgânico, como húmus de minhoca ou esterco
curtido. Caso prefira, o cultivador pode optar por adubos químicos, do tipo
NPK, que são mais práticos e inodoros. Para estimular a floração da
Portulaca grandiflora, o ideal é alternar o adubo de manutenção com um
próprio para floração, contendo um teor maior de fósforo, a letra P do NPK.
Já a irrigação pode ser mais frequente, no caso desta suculenta. Nos meses mais quentes do ano, as regas podem ser diárias. O sol intenso encarrega-se de secar rapidamente o substrato, impedindo que haja acúmulo de água nas raízes. Já durante o inverno, convém espaçar mais as regas. O ideal é manter o solo sempre levemente úmido, sem excessos. Durante as regas, convém evitar molhar as flores e botões florais. O excesso de umidade pode favorecer o desenvolvimento de fungos, que prejudicam a aparência destas estruturas.
Caso seja plantada em vasos, a onze horas precisa ter uma boa camada de drenagem, no fundo, que pode ser composta por argila expandida, cacos de telha ou brita. Para evitar que o solo arenoso escape pelos furos do vaso, durante as regas, pode-se posicionar uma manta geotêxtil por cima desta camada de drenagem. A onze horas cresce rapidamente, espalhando-se e formando belas forrações.
Infelizmente, a Portulaca grandiflora sofre um pouco de preconceito, por ser considerada uma planta comum demais. De modo geral, a onze horas está associada àquelas plantas do passado, que ninguém mais cultiva, hoje em dia. Além disso, o fato de ser uma planta anual, que precisa ser replantada periodicamente, pode desencorajar alguns jardineiros mais preguiçosos. Outros, desconhecedores deste fato, acreditam terem o dedo marrom, já que a planta sempre morre. Mas é apenas o ciclo de vida normal da onze horas. Bastante florífera, generosa, que requer pouca manutenção no dia a dia, a Portulaca grandiflora é uma excelente maneira de acrescentar mais cores e flores à nossa coleção de suculentas, frequentemente dominada por florações bastante monótonas e parecidas entre si.
Como o nome da espécie já indica, trata-se de uma planta que produz flores grandes e vistosas. Elas podem ser simples, portando apenas cinco pétalas, como o exemplar representado na foto de abertura deste artigo, ou dobradas, com várias camadas sobrepostas de pétalas, assemelhando-se às rosas. Por este motivo, a onze horas é conhecida como rose moss, mexican rose ou vietnam rose, no exterior. Também pode ser chamada de time flower, ou flor do tempo, graças ao seu hábito de desabrochar pontualmente no mesmo horário. Além da cor púrpura, a mais comumente encontrada nos jardins, podemos ter a onze horas nas colorações branca, amarela, laranja, rosada e vermelha, entre outras.
Apenas uma pessoa mais atenta vai olhar além das vistosas flores da onze horas e reparar em suas folhas suculentas, finas e alongadas, dispostas alternadamente em caules também suculentos, como um Sedum.
Um fato curioso a respeito desta suculenta é que trata-se de uma planta anual. Isto significa que, no período aproximado de doze meses, a onze horas nasce, cresce, floresce e, se polinizada, dá frutos e sementes, morrendo no final. É o ciclo de vida natural da planta, que dura apenas quatro estações. São exemplos de plantas anuais a margarida, girassol, alface e couve-flor. A maioria das suculentas que conhecemos, por outro lado, é constituída por plantas perenes, que continuam a florescer e se multiplicar indefinidamente, por longos anos.
No entanto, a despeito deste curto período de vida da onze horas, ela pode se multiplicar rapidamente, através de estaquias de seus caules suculentos. Outro meio de propagação da Portulaca grandiflora é através da germinação de suas sementes, que devem ser plantadas nos meses do verão.
Muito embora as flores da onze horas possam surgir ao longo de todo o ano, é durante a primavera e verão, quando as temperaturas estão mais elevadas, que se concentra a floração. A Portulaca grandiflora é fotossensível, o que significa que ela responde aos diferentes níveis de luminosidade ao longo do dia. Por volta das onze horas, quando o sol aproxima-se de seu zênite, as flores se abrem. No final da tarde, com a queda da luminosidade, as flores da onze horas se fecham.
A condição ideal de cultivo, para que as flores da onze horas surjam em maior abundância, é o sol pleno. No entanto, trata-se de uma planta bastante versátil, que também pode ser cultivada à meia sombra, desde que receba bastante luminosidade indireta ou filtrada. Em casas e apartamentos, é muito difícil que ela floresça, caso seja colocada dentro de salas ou quartos. O ideal é que a Portulaca grandiflora fique em uma varanda bem ensolarada, ou em jardineiras posicionadas do lado de fora dos imóveis. O recomendado é que a onze horas receba, pelo menos, quatro horas de sol por dia.
Portulaca grandiflora |
Já a irrigação pode ser mais frequente, no caso desta suculenta. Nos meses mais quentes do ano, as regas podem ser diárias. O sol intenso encarrega-se de secar rapidamente o substrato, impedindo que haja acúmulo de água nas raízes. Já durante o inverno, convém espaçar mais as regas. O ideal é manter o solo sempre levemente úmido, sem excessos. Durante as regas, convém evitar molhar as flores e botões florais. O excesso de umidade pode favorecer o desenvolvimento de fungos, que prejudicam a aparência destas estruturas.
Caso seja plantada em vasos, a onze horas precisa ter uma boa camada de drenagem, no fundo, que pode ser composta por argila expandida, cacos de telha ou brita. Para evitar que o solo arenoso escape pelos furos do vaso, durante as regas, pode-se posicionar uma manta geotêxtil por cima desta camada de drenagem. A onze horas cresce rapidamente, espalhando-se e formando belas forrações.
Infelizmente, a Portulaca grandiflora sofre um pouco de preconceito, por ser considerada uma planta comum demais. De modo geral, a onze horas está associada àquelas plantas do passado, que ninguém mais cultiva, hoje em dia. Além disso, o fato de ser uma planta anual, que precisa ser replantada periodicamente, pode desencorajar alguns jardineiros mais preguiçosos. Outros, desconhecedores deste fato, acreditam terem o dedo marrom, já que a planta sempre morre. Mas é apenas o ciclo de vida normal da onze horas. Bastante florífera, generosa, que requer pouca manutenção no dia a dia, a Portulaca grandiflora é uma excelente maneira de acrescentar mais cores e flores à nossa coleção de suculentas, frequentemente dominada por florações bastante monótonas e parecidas entre si.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil