| Kalanchoe blossfeldiana | |
A planta que popularmente conhecemos como flor da fortuna está tão presente em
todos os ambientes, decorando espaços tanto internos como externos, que
frequentemente nos esquecemos que também se trata de uma
suculenta. Antigamente, eram os vasinhos de
violeta
que enfeitavam os parapeitos de janela, em todos os lares. Hoje, a versátil e
diversificada flor da fortuna vem tomando o espaço daquela clássica planta de
vó. Com a vantagem de que ela também vai bem sob sol pleno, plantada
diretamente no jardim. A seguir, saberemos algumas curiosidades e dicas de
cultivo desta florífera planta suculenta.
O gênero
Kalanchoe
de
plantas suculentas, ao qual pertence a flor da fortuna, é bastante diversificado e ocorre
predominantemente no continente africano e na ilha de Madagascar. Trata-se de
um dos muitos integrantes da família Crassulaceae. Aqui no blog, já
falamos sobre o
aranto, a popular suculenta conhecida como
mãe de milhares, cujo nome científico é Kalanchoe daigremontiana. Também já foi tema
de um artigo por aqui a suculenta
orelha de gato,
Kalanchoe tomentosa. A flor da fortuna, por sua vez, é originária a partir de diversos
cruzamentos envolvendo a espécie Kalanchoe blossfeldiana. A vasta
maioria das plantas que encontramos no mercado, atualmente, é composta por
plantas híbridas, capazes de exibir uma ampla gama de colorações em suas
flores.
O nome da espécie, blossfeldiana, é uma homenagem ao botânico e hibridizador alemão Robert Blossfeld, responsável pela popularização da flor da fortuna em todo o mundo, a partir de 1932. Desde então, milhares de híbridos e cultivares vêm sendo desenvolvidos a cada estação, trazendo sempre novidades em relação ao tamanho das flores, quantidade de pétalas, e suas colorações. O nome comercial Calandiva refere-se a um destes híbridos da Kalanchoe blossfeldiana, que impressiona pela grande quantidade de pétalas em uma mesma flor. Trata-se de uma variedade de flores dobradas. A espécie original da flor da fortuna apresenta flores simples, portando apenas quatro pétalas.
Hoje em dia, existem inclusive flores da fortuna de corte, com elegantes hastes que chegam a 50 cm de comprimento. Estas Kalanchoes de corte são bastante diferentes das plantas suculentas atarracadas que costumamos encontrar no mercado, sendo utilizadas na composição de bouquets e arranjos florais sofisticados.
É importante não confundirmos a flor da fortuna, Kalanchoe blossfeldiana, com a planta do dinheiro, também conhecida como planta jade, cuja espécie é a Crassula ovata. Também há quem a confunda com a árvore da felicidade, que costuma ser o apelido dado a uma outra planta, do gênero Polyscias. O fato é que o termo flor da fortuna, atribuído à espécie Kalanchoe blossfeldiana, está mais associado à boa sorte e à felicidade do que ao dinheiro. Este é o simbolismo associado ao ato de presentear pessoas queridas com esta planta.
Apesar de toda a sua popularidade, a flor da fortuna ainda é descartada após os eventos nos quais ela é usada como decoração, já que muitos acreditam que ela não volta a florescer. O fato é que, se bem cultivada, a Kalanchoe blossfeldiana pode viver por muitos anos, produzindo novas florações. É bem verdade que, sob as condições domésticas de cultivo que podemos oferecer, raramente vemos aquele espetáculo de floração se repetir, bem farta, densa e uniforme, coisa que costuma ser obtida apenas pelos produtores, em estufas comerciais. Ainda assim, sempre vale a pena tentar cultivar a flor da fortuna em casa, para apreciar as flores por mais algum tempo.
Enquanto a planta estiver com flores, recém-adquirida, ela pode ser mantida dentro de casas e apartamentos, em qualquer local. Neste período, o importante é tomar cuidado com as regas, que não podem ser excessivas. Também é importante evitar molhar as folhas desta suculenta, que podem ser atacadas por fungos e bactérias, devido ao excesso de umidade. As flores também permanecerão bonitas por mais tempo, se evitarmos que a água das regas atinja seus tecidos vegetais. Neste caso, o fungo Botrytis cinerea costuma ocasionar o aparecimento de manchas amarronzadas na flor da fortuna, caso ela seja molhada. O mesmo ocorre no caso das flores de orquídeas.
Após o término da floração, é importante que todas as flores murchas e secas sejam podadas. As hastes florais que não tiverem botões também podem ser cortadas. Esta pequena poda de limpeza vai favorecer o surgimento da próxima floração. Uma ou outra folha, mais próximas à base, também podem amarelar e secar, devendo ser removidas. Este procedimento evita que as folhas mortas sirvam de abrigo para o desenvolvimento de pragas.
É também após o término da floração que a Kalanchoe blossfeldiana deve ser transferida para um local de cultivo apropriado. Embora esta seja uma planta que possa viver em ambientes internos, de meia sombra, ela precisa de bastante luminosidade para florescer. Portanto, quanto mais luz a flor da fortuna receber, preferencialmente sol pleno, melhores e mais fartas serão suas florações. Em casas e apartamentos, ela pode ser mantida em varandas bem ensolaradas. Alternativamente, o parapeito de uma janela face norte, leste ou oeste, que receba luz solar direta, também é uma boa opção.
Caso seja necessário fazer um replante, o novo vaso deve ter uma boa camada de drenagem no fundo, composta por argila expandida, brita ou pedrisco. Por cima, convém posicionar uma manta geotêxtil, pra evitar que o substrato escape durante as regas. O material de cultivo deve conter terra vegetal, areia e composto orgânico, em partes iguais. Como a flor da fortuna é uma planta suculenta, as regas devem ser moderadas. O excesso de água pode causar o apodrecimento de suas raízes.
Para que a nova floração seja estimulada, além da luminosidade, uma boa adubação deve ser fornecida. O ideal é escolher uma formulação mais rica em fósforo, a letra do meio em adubos do tipo NPK, que vai favorecer o aparecimento das flores da fortuna.
Tomados estes cuidados, que na verdade são bem triviais, a Kalanchoe blossfeldiana irá florescer por muitos anos. Não há necessidade de descartar uma flor da fortuna após o fim da sua floração. Lembrando que estes cuidados também valem para o cultivo da Calandiva, que nada mais é do que uma marca comercial de um híbrido de Kalanchoe blossfeldiana, cujas flores são dobradas. Em todos os casos, o importante é apenas lembrarmos que esta é uma planta suculenta e, portanto, aprecia bastante luminosidade e água moderada.
O nome da espécie, blossfeldiana, é uma homenagem ao botânico e hibridizador alemão Robert Blossfeld, responsável pela popularização da flor da fortuna em todo o mundo, a partir de 1932. Desde então, milhares de híbridos e cultivares vêm sendo desenvolvidos a cada estação, trazendo sempre novidades em relação ao tamanho das flores, quantidade de pétalas, e suas colorações. O nome comercial Calandiva refere-se a um destes híbridos da Kalanchoe blossfeldiana, que impressiona pela grande quantidade de pétalas em uma mesma flor. Trata-se de uma variedade de flores dobradas. A espécie original da flor da fortuna apresenta flores simples, portando apenas quatro pétalas.
Hoje em dia, existem inclusive flores da fortuna de corte, com elegantes hastes que chegam a 50 cm de comprimento. Estas Kalanchoes de corte são bastante diferentes das plantas suculentas atarracadas que costumamos encontrar no mercado, sendo utilizadas na composição de bouquets e arranjos florais sofisticados.
É importante não confundirmos a flor da fortuna, Kalanchoe blossfeldiana, com a planta do dinheiro, também conhecida como planta jade, cuja espécie é a Crassula ovata. Também há quem a confunda com a árvore da felicidade, que costuma ser o apelido dado a uma outra planta, do gênero Polyscias. O fato é que o termo flor da fortuna, atribuído à espécie Kalanchoe blossfeldiana, está mais associado à boa sorte e à felicidade do que ao dinheiro. Este é o simbolismo associado ao ato de presentear pessoas queridas com esta planta.
Apesar de toda a sua popularidade, a flor da fortuna ainda é descartada após os eventos nos quais ela é usada como decoração, já que muitos acreditam que ela não volta a florescer. O fato é que, se bem cultivada, a Kalanchoe blossfeldiana pode viver por muitos anos, produzindo novas florações. É bem verdade que, sob as condições domésticas de cultivo que podemos oferecer, raramente vemos aquele espetáculo de floração se repetir, bem farta, densa e uniforme, coisa que costuma ser obtida apenas pelos produtores, em estufas comerciais. Ainda assim, sempre vale a pena tentar cultivar a flor da fortuna em casa, para apreciar as flores por mais algum tempo.
Enquanto a planta estiver com flores, recém-adquirida, ela pode ser mantida dentro de casas e apartamentos, em qualquer local. Neste período, o importante é tomar cuidado com as regas, que não podem ser excessivas. Também é importante evitar molhar as folhas desta suculenta, que podem ser atacadas por fungos e bactérias, devido ao excesso de umidade. As flores também permanecerão bonitas por mais tempo, se evitarmos que a água das regas atinja seus tecidos vegetais. Neste caso, o fungo Botrytis cinerea costuma ocasionar o aparecimento de manchas amarronzadas na flor da fortuna, caso ela seja molhada. O mesmo ocorre no caso das flores de orquídeas.
Após o término da floração, é importante que todas as flores murchas e secas sejam podadas. As hastes florais que não tiverem botões também podem ser cortadas. Esta pequena poda de limpeza vai favorecer o surgimento da próxima floração. Uma ou outra folha, mais próximas à base, também podem amarelar e secar, devendo ser removidas. Este procedimento evita que as folhas mortas sirvam de abrigo para o desenvolvimento de pragas.
É também após o término da floração que a Kalanchoe blossfeldiana deve ser transferida para um local de cultivo apropriado. Embora esta seja uma planta que possa viver em ambientes internos, de meia sombra, ela precisa de bastante luminosidade para florescer. Portanto, quanto mais luz a flor da fortuna receber, preferencialmente sol pleno, melhores e mais fartas serão suas florações. Em casas e apartamentos, ela pode ser mantida em varandas bem ensolaradas. Alternativamente, o parapeito de uma janela face norte, leste ou oeste, que receba luz solar direta, também é uma boa opção.
Caso seja necessário fazer um replante, o novo vaso deve ter uma boa camada de drenagem no fundo, composta por argila expandida, brita ou pedrisco. Por cima, convém posicionar uma manta geotêxtil, pra evitar que o substrato escape durante as regas. O material de cultivo deve conter terra vegetal, areia e composto orgânico, em partes iguais. Como a flor da fortuna é uma planta suculenta, as regas devem ser moderadas. O excesso de água pode causar o apodrecimento de suas raízes.
Para que a nova floração seja estimulada, além da luminosidade, uma boa adubação deve ser fornecida. O ideal é escolher uma formulação mais rica em fósforo, a letra do meio em adubos do tipo NPK, que vai favorecer o aparecimento das flores da fortuna.
Tomados estes cuidados, que na verdade são bem triviais, a Kalanchoe blossfeldiana irá florescer por muitos anos. Não há necessidade de descartar uma flor da fortuna após o fim da sua floração. Lembrando que estes cuidados também valem para o cultivo da Calandiva, que nada mais é do que uma marca comercial de um híbrido de Kalanchoe blossfeldiana, cujas flores são dobradas. Em todos os casos, o importante é apenas lembrarmos que esta é uma planta suculenta e, portanto, aprecia bastante luminosidade e água moderada.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil