| Kalanchoe tomentosa | |
Uma planta de pelúcia. É assim que defino a suculenta orelha de gato, cujo
nome científico é Kalanchoe tomentosa. Como se já não bastasse o
charme de ter as folhas gordinhas, como é típico para a maioria das
plantas suculentas, esta preciosidade ainda é recoberta por pelos. Ao contrário da
Tradescantia sillamontana, sobre a qual já falamos aqui no blog, que parece ser recoberta por teias de
aranha, as folhas da suculenta orelha de gato possuem um aspecto aveludado,
macio ao toque, graças a uma distribuição mais densa e uniforme dos pelos.
Estes pelos são brancos na maior parte da superfície das folhas, o que lhes confere um tom cinza prateado, bastante peculiar. Nas bordas e extremidades, estas estruturas adquirem uma tonalidade marrom acobreada, que fica mais intensa quando a suculenta orelha de gato é cultivada em ambientes com bastante luminosidade. No exterior, a Kalanchoe tomentosa é conhecida como panda plant.
Não sei ao certo qual a razão para este apelido, já que o padrão de pelagem desta planta suculenta lembra-me mais aquela encontrada no gato siamês chocolate point do que a de um panda.
Não por acaso, existe uma variedade da suculenta orelha de gato que é
conhecida como Kalanchoe tomentosa 'Chocolate Soldier' ou soldado de
chocolate. Neste caso, a coloração amarronzada dos pelos é predominante ao
longo da superfície das folhas, o que confere à planta um tom mais bronzeado.
Infelizmente, ainda não encontrei esta forma, que é mais rara no mercado.
A suculenta orelha de gato, Kalanchoe tomentosa, lembra um pouco uma outra espécie, a Kalanchoe millotii, igualmente peluda, de aspecto felpudo. No entanto, esta outra espécie não apresenta as características bordas pintadas de marrom. Suas folhas são mais delgadas e delicadas.
O termo tomentosa, que confere o nome científico a esta espécie de Kalanchoe, vem do latim tomentum, que significa lã, pelo. Várias espécies de plantas, suculentas ou não, adotam esta nomenclatura, para assinalarem o fato de serem recobertas por pelos. É o caso da suculenta patinha de urso, Cotyledon tomentosa, por exemplo.
É importante não confundir a suculenta orelha de gato com outro apelido famoso, orelha de coelho. Neste último caso, o termo é mais frequentemente utilizado para se referir a uma cactácea, o famoso cacto orelha de Mickey. De fato, as orelhas dominam o mundo dos cactos e suculentas.
Neste mesmo gênero Kalanchoe, temos o famoso aranto, também conhecido popularmente como mãe de mil ou mãe de milhares. Seu nome científico é Kalanchoe daigremontiana. Além disso, existem outras espécies dentro deste gênero que costumam receber o curioso apelido de mother of thousands. Também temos a florífera flor da fortuna, cujo nome científico é Kalanchoe blossfeldiana.
A suculenta orelha de gato, Kalanchoe tomentosa, é nativa do continente africano, sendo também encontrada na ilha de Madagascar. Apesar de apreciar climas quentes e secos, esta é uma suculenta que precisa ser protegida dos raios diretos do sol, principalmente durante o verão, nas horas mais quentes do dia.
Isso faz da Kalanchoe tomentosa uma planta suculenta ideal para ser
cultivada dentro de casas e apartamentos. Tudo o que ela precisa é de um local
com bastante luminosidade indireta, de preferência próximo a uma janela face
norte. As janelas voltadas a leste também são ideais, já que recebem o sol da
manhã, mais ameno. No caso de aberturas face oeste, é importante que a luz da
tarde seja filtrada por uma cortina fina ou tela de sombreamento. Janelas face
sul talvez não consigam proporcionar a luminosidade ideal para o cultivo da
orelha de gato. Quando a incidência de luz é insuficiente, a planta tende a
estiolar, ficando mais alta e pescoçuda.
O substrato para o cultivo da suculenta orelha de gato deve ser aquele mais arenoso, bem drenável. Existem misturas prontas para o cultivo de cactos e suculentas à venda no mercado. Para uma versão caseira, basta misturar terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. O fundo do vaso deve receber uma boa camada de drenagem, composta por pedrisco, brita ou argila expandida.
O ponto crucial para um cultivo bem-sucedido, tanto da orelha de gato como de qualquer outra suculenta, é a rega moderada. O excesso de água pode facilmente matar este tipo de planta. A Kalanchoe tomentosa precisa de um grande intervalo de tempo, entre uma rega e outra. Para saber quando é hora de regar, basta verificar a umidade do substrato, com a ponta do dedo. Aferir o peso do vaso também dá uma boa ideia do quanto o solo está seco. Quanto mais leve o vaso estiver, menos umidade haverá retida em seu interior.
Além do necessário cuidado com a rega do substrato, também é importante evitar
molhar as folhas da suculenta orelha de gato. Estas estruturas tendem a
acumular água nos interstícios da pelagem, de modo a propiciar a proliferação
de fungos e bactérias, nocivos à planta.
A adubação não precisa ser intensa ou elaborada, já que a Kalanchoe tomentosa está habituada a solos pouco férteis, em seu habitat de origem. Além disso, é muito difícil que a suculenta orelha de gato floresça no cultivo doméstico, principalmente se for mantida em interiores. Desta forma, uma adubação de manutenção, do tipo NPK, é mais que suficiente para o desenvolvimento desta planta.
Estas e outras informações mais detalhadas sobre o cultivo de plantas suculentas podem ser encontradas no artigo abaixo:
Afinal, o que não fazemos para termos mais destas fofuras suculentas, ainda mais quando possuem o aspecto de um bicho de pelúcia, como é o caso da suculenta orelha de gato. Outras orelhudas bastante interessantes, que já passaram aqui pelo blog, são a suculenta orelha de Shrek e o cacto orelha de Mickey.
Estes pelos são brancos na maior parte da superfície das folhas, o que lhes confere um tom cinza prateado, bastante peculiar. Nas bordas e extremidades, estas estruturas adquirem uma tonalidade marrom acobreada, que fica mais intensa quando a suculenta orelha de gato é cultivada em ambientes com bastante luminosidade. No exterior, a Kalanchoe tomentosa é conhecida como panda plant.
Não sei ao certo qual a razão para este apelido, já que o padrão de pelagem desta planta suculenta lembra-me mais aquela encontrada no gato siamês chocolate point do que a de um panda.
Kalanchoe tomentosa |
A suculenta orelha de gato, Kalanchoe tomentosa, lembra um pouco uma outra espécie, a Kalanchoe millotii, igualmente peluda, de aspecto felpudo. No entanto, esta outra espécie não apresenta as características bordas pintadas de marrom. Suas folhas são mais delgadas e delicadas.
O termo tomentosa, que confere o nome científico a esta espécie de Kalanchoe, vem do latim tomentum, que significa lã, pelo. Várias espécies de plantas, suculentas ou não, adotam esta nomenclatura, para assinalarem o fato de serem recobertas por pelos. É o caso da suculenta patinha de urso, Cotyledon tomentosa, por exemplo.
É importante não confundir a suculenta orelha de gato com outro apelido famoso, orelha de coelho. Neste último caso, o termo é mais frequentemente utilizado para se referir a uma cactácea, o famoso cacto orelha de Mickey. De fato, as orelhas dominam o mundo dos cactos e suculentas.
Neste mesmo gênero Kalanchoe, temos o famoso aranto, também conhecido popularmente como mãe de mil ou mãe de milhares. Seu nome científico é Kalanchoe daigremontiana. Além disso, existem outras espécies dentro deste gênero que costumam receber o curioso apelido de mother of thousands. Também temos a florífera flor da fortuna, cujo nome científico é Kalanchoe blossfeldiana.
A suculenta orelha de gato, Kalanchoe tomentosa, é nativa do continente africano, sendo também encontrada na ilha de Madagascar. Apesar de apreciar climas quentes e secos, esta é uma suculenta que precisa ser protegida dos raios diretos do sol, principalmente durante o verão, nas horas mais quentes do dia.
Kalanchoe tomentosa |
O substrato para o cultivo da suculenta orelha de gato deve ser aquele mais arenoso, bem drenável. Existem misturas prontas para o cultivo de cactos e suculentas à venda no mercado. Para uma versão caseira, basta misturar terra vegetal e areia grossa, em partes iguais. O fundo do vaso deve receber uma boa camada de drenagem, composta por pedrisco, brita ou argila expandida.
O ponto crucial para um cultivo bem-sucedido, tanto da orelha de gato como de qualquer outra suculenta, é a rega moderada. O excesso de água pode facilmente matar este tipo de planta. A Kalanchoe tomentosa precisa de um grande intervalo de tempo, entre uma rega e outra. Para saber quando é hora de regar, basta verificar a umidade do substrato, com a ponta do dedo. Aferir o peso do vaso também dá uma boa ideia do quanto o solo está seco. Quanto mais leve o vaso estiver, menos umidade haverá retida em seu interior.
Kalanchoe tomentosa |
A adubação não precisa ser intensa ou elaborada, já que a Kalanchoe tomentosa está habituada a solos pouco férteis, em seu habitat de origem. Além disso, é muito difícil que a suculenta orelha de gato floresça no cultivo doméstico, principalmente se for mantida em interiores. Desta forma, uma adubação de manutenção, do tipo NPK, é mais que suficiente para o desenvolvimento desta planta.
Estas e outras informações mais detalhadas sobre o cultivo de plantas suculentas podem ser encontradas no artigo abaixo:
A propagação da suculenta orelha de gato pode ser tentada através das
folhas. Basta destacar uma folha madura e saudável, da parte mais basal da
planta, e colocá-la em um
berçário de suculentas. É um processo que nem sempre dá certo, é uma questão de tentativa e erro.
Algumas suculentas, como a
Graptopetalum paraguayense, multiplica-se com grande facilidade desta forma. Outras apresentam um
desafio maior, mas sempre é possível e vale a pena tentar.
Afinal, o que não fazemos para termos mais destas fofuras suculentas, ainda mais quando possuem o aspecto de um bicho de pelúcia, como é o caso da suculenta orelha de gato. Outras orelhudas bastante interessantes, que já passaram aqui pelo blog, são a suculenta orelha de Shrek e o cacto orelha de Mickey.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil