| Chlorophytum orchidastrum | |
Há algum tempo, escrevi aqui no blog sobre o clorofito,
Chlorophytum comosum, planta ideal para ser cultivada dentro de casas e apartamentos. Hoje, trago
informações sobre uma parente próxima, igualmente resistente, porém menos
conhecida e bastante diferente, a lumina. É uma planta tão especial que tem
até
orquídea
no sobrenome, Chlorophytum orchidastrum. Seu diferencial fica por conta
da belíssima e original coloração alaranjada, que se irradia a partir do
centro da planta, literalmente iluminando esta bela folhagem.
Tanto o clorofito como a lumina são plantas originárias do continente africano. O Chlorophytum orchidastrum, particularmente, ocorre naturalmente nas regiões subtropicais da África. Também pode ser encontrado em Serra Leoa, onde o clima é tropical, e em algumas regiões da Ásia. O gênero foi introduzido no cultivo doméstico em 1788, no Reino Unido.
Tanto o Chlorophytum orchidastrum como o Chlorophytum comosum pertencem à família botânica Agavaceae, a mesma de gêneros de plantas ornamentais comumente utilizadas no paisagismo, tais como Agave e Yucca.
Tanto o clorofito como a lumina são plantas originárias do continente africano. O Chlorophytum orchidastrum, particularmente, ocorre naturalmente nas regiões subtropicais da África. Também pode ser encontrado em Serra Leoa, onde o clima é tropical, e em algumas regiões da Ásia. O gênero foi introduzido no cultivo doméstico em 1788, no Reino Unido.
Tanto o Chlorophytum orchidastrum como o Chlorophytum comosum pertencem à família botânica Agavaceae, a mesma de gêneros de plantas ornamentais comumente utilizadas no paisagismo, tais como Agave e Yucca.
O destaque do Chlorophytum orchidastrum fica, sem dúvida, por conta de
sua belíssima folhagem. O contraste do caule alaranjado, que se revela a
partir do centro da planta, entre as vistosas folhas verdes onduladas,
conferiu à planta o nome popular pelo qual este clorofito é chamado aqui no
Brasil, lumina. Na verdade, a própria base de cada folha, tecnicamente
denominada pecíolo, é alaranjada. Não por acaso, esta espécie é conhecida no
exterior como Chlorophytum Green Orange. Outros apelidos glamourosos
incluem fire flash, fire glory e Sierra Leone lily. Esta
última denominação, lírio de Serra Leoa, faz uma referência à localidade de
origem e à aparência da planta lumina, cuja coloração lembra a de um
lírio laranja.
Este tom de laranja eu nunca havia visto em planta alguma, apenas em flores. A coloração lembra a cenoura ou o mamão. Os pecíolos alaranjados, em um tom bem intenso, na região junto ao caule, vão se tornando mais claros, à medida que avançam para o centro das folhas, tornando-se apenas um filete pálido, próximo ao ápice destas estruturas.
A planta lumina ainda não parece ser muito popular, aqui no Brasil. Tanto que, no local em que este meu exemplar era comercializado, a lumina estava sendo anunciada como uma planta suculenta. A pequena muda estava lá, em meio a dezenas de rosas de pedra, completamente despercebida. Apesar de ser originária do continente africano, esta é uma folhagem tropical, cujo cultivo é bem diferente daquele aplicado aos cactos e suculentas.
Este tom de laranja eu nunca havia visto em planta alguma, apenas em flores. A coloração lembra a cenoura ou o mamão. Os pecíolos alaranjados, em um tom bem intenso, na região junto ao caule, vão se tornando mais claros, à medida que avançam para o centro das folhas, tornando-se apenas um filete pálido, próximo ao ápice destas estruturas.
A planta lumina ainda não parece ser muito popular, aqui no Brasil. Tanto que, no local em que este meu exemplar era comercializado, a lumina estava sendo anunciada como uma planta suculenta. A pequena muda estava lá, em meio a dezenas de rosas de pedra, completamente despercebida. Apesar de ser originária do continente africano, esta é uma folhagem tropical, cujo cultivo é bem diferente daquele aplicado aos cactos e suculentas.
A lumina é uma planta bastante resistente, que requer muito pouca manutenção.
Seu cultivo é bem tranquilo, de modo que a planta lumina é uma opção ideal
para os jardineiros de apartamento. Embora seja uma espécie de origem
tropical, o Chlorophytum orchidastrum não gosta do sol pleno,
situação que pode causar danos e queimaduras às suas folhas. O ideal é que a
lumina seja mantida em um lugar com bastante luminosidade indireta, próxima a
uma janela, protegida da incidência direta dos raios solares.
Aqui no apartamento, cultivo minha lumina dentro do quarto, ao lado do computador, na estação de trabalho. Nesta localização, a planta não recebe o sol direto em nenhum momento do dia. Ela apenas se beneficia da luminosidade indireta proporcionada por uma janela face oeste, bem distante da planta. Em jardinagem, esta é uma situação de sombra. A meia sombra é quando a planta é exposta a algumas horas de sol direto por dia, geralmente no início da manhã ou no final da tarde. Tenho reparado que a lumina adquire uma tonalidade mais intensa de laranja, contrastando com as folhas em um verde mais escuro, quando cultivada em locais sombreados.
Surpreendentemente, ainda que meu exemplar seja cultivado nesta condição de baixa luminosidade, ele conseguiu florescer. A haste floral da lumina é bem discreta e, em nenhum momento, conseguimos avistar adequadamente as flores. Ela se parece com uma pequena e discreta inflorescência de bromélia, sem, no entanto, apresentar um diferencial ornamental relevante. Assim como os pecíolos das folhas, a haste floral da lumina é alaranjada, com alguns fiapos bem escuros, quase negros.
O mais interessante é que, após esta haste floral secar, eu a desfiz no solo, já que apresentava alguns filamentos escuros, que imaginei serem sementes. Pouco tempo depois, para minha surpresa, pequenas mudas começaram a se formar. É a primeira propagação espontânea por sementes que presencio, aqui entre as plantas do apê. Como não entram insetos no quarto, imagino que as flores da lumina tenham se auto polinizado.
Aqui no apartamento, cultivo minha lumina dentro do quarto, ao lado do computador, na estação de trabalho. Nesta localização, a planta não recebe o sol direto em nenhum momento do dia. Ela apenas se beneficia da luminosidade indireta proporcionada por uma janela face oeste, bem distante da planta. Em jardinagem, esta é uma situação de sombra. A meia sombra é quando a planta é exposta a algumas horas de sol direto por dia, geralmente no início da manhã ou no final da tarde. Tenho reparado que a lumina adquire uma tonalidade mais intensa de laranja, contrastando com as folhas em um verde mais escuro, quando cultivada em locais sombreados.
Surpreendentemente, ainda que meu exemplar seja cultivado nesta condição de baixa luminosidade, ele conseguiu florescer. A haste floral da lumina é bem discreta e, em nenhum momento, conseguimos avistar adequadamente as flores. Ela se parece com uma pequena e discreta inflorescência de bromélia, sem, no entanto, apresentar um diferencial ornamental relevante. Assim como os pecíolos das folhas, a haste floral da lumina é alaranjada, com alguns fiapos bem escuros, quase negros.
O mais interessante é que, após esta haste floral secar, eu a desfiz no solo, já que apresentava alguns filamentos escuros, que imaginei serem sementes. Pouco tempo depois, para minha surpresa, pequenas mudas começaram a se formar. É a primeira propagação espontânea por sementes que presencio, aqui entre as plantas do apê. Como não entram insetos no quarto, imagino que as flores da lumina tenham se auto polinizado.
O solo ideal para o cultivo do Chlorophytum orchidastrum é aquele rico em matéria orgânica, devendo ser mantido sempre levemente úmido, não encharcado. Aquela terra que costumamos comprar em lojas especializadas e garden centers, própria para a jardinagem amadora, é ideal para o cultivo da lumina. Caso o cultivador prefira, pode acrescentar algum tipo de composto orgânico à mistura, enriquecendo-a. Boas opções são as compostagens, húmus de minhoca ou esterco curtido. O intuito é mimetizar o solo rico em matéria orgânica de uma floresta tropical.
As regas devem ser frequentes, mas sem excessos. No caso do cultivo da lumina, é bom evitar que o substrato seque completamente, entre uma rega e outra. Caso a umidade do ambiente seja muito baixa, ou o solo fique demasiadamente seco, as delicadas e finíssimas pontas das folhas desta planta lumina adquirem uma aparência bem escura e ressecada, como se estivessem queimadas. O excesso de sais minerais presentes no solo, provenientes de uma água mais dura, ou da adubação, também pode causar o ressecamento das pontas das folhas.
A adubação pode ser orgânica ou inorgânica, mas nada muito intenso, já que a lumina produz florações de valor ornamental secundário. Os cultivadores costumam manter o foco principal na aparência da folhagem. Neste sentido, aplicações esporádicas de adubos do tipo NPK, em proporções equilibradas, são mais do que suficientes para a manutenção da lumina.
Manutenção esta que é muito simples. Não são necessárias podas específicas,
apenas a remoção de folhas secas na base da planta. Ao contrário do seu primo
clorofito, também conhecido como
spider plant, por produzir bebês pendurados em longas hastes, a lumina somente se
reproduz através de sementes ou a partir da divisão de touceiras. Quando bem
cultivada, a planta pode atingir grandes proporções, tornando-se o centro das
atenções no ambiente, principalmente devido ao colorido único de suas folhas.
Em resumo, o Chlorophytum orchidastrum é uma valiosa adição à coleção
de folhagens ornamentais, principalmente para quem aprecia cultivar plantas em
interiores. A planta lumina é ideal para dar um toque diferenciado às nossas
florestas urbanas, urban jungles, que estão tão em voga,
ultimamente.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil