| Cymbidium híbrido | |
Grandes e vistosas, as
orquídeas
do gênero Cymbidium que costumamos encontrar no mercado brasileiro são,
em sua grande maioria, híbridos produzidos comercialmente pelo homem,
resultantes do cruzamento entre as várias espécies asiáticas que ocorrem na
natureza. Existem orquídeas Cymbidium dos mais diferentes
tamanhos, com flores de diversos coloridos, nascendo em abundância ao longo de
hastes eretas ou pendentes. Suas florações são sempre um espetáculo para os
olhos. Até mesmo sua folhagem, na ausência de hastes florais, é bastante
imponente e ornamental. Embora seja uma orquídea de muito fácil cultivo,
apresenta alguns desafios para florescer, principalmente em regiões litorâneas
ou de clima mais quente.
O Cymbidium é conhecido no exterior como the boat orchid, devido ao formato do labelo de suas flores. Reconheço que é preciso um pouco de imaginação para ver um barco nesta estrutura. O labelo é uma pétala modificada, geralmente a mais vistosa e diferenciada das três que caracterizam uma flor de orquídea. Sua função primordial é atrair os polinizadores para os órgãos reprodutivos da flor.
O nome científico deste popular gênero de orquídeas, Cymbidium, é derivado do termo cymba, palavra latinizada do grego kumbe, que significa barco. Trata-se de uma orquídea típica de regiões de elevadas altitudes, no continente asiático, apreciando climas frios. Cultivadas há séculos pelos chineses, as orquídeas Cymbidium tornaram-se populares na Europa durante a Era Vitoriana. Os ingleses costumavam utilizar a linguagem secreta das flores para presentear e enviar mensagens simultaneamente. Cada flor, cada cor, e até mesmo as quantidades de flores em um bouquet, possuíam um significado particular.
O Cymbidium é conhecido no exterior como the boat orchid, devido ao formato do labelo de suas flores. Reconheço que é preciso um pouco de imaginação para ver um barco nesta estrutura. O labelo é uma pétala modificada, geralmente a mais vistosa e diferenciada das três que caracterizam uma flor de orquídea. Sua função primordial é atrair os polinizadores para os órgãos reprodutivos da flor.
O nome científico deste popular gênero de orquídeas, Cymbidium, é derivado do termo cymba, palavra latinizada do grego kumbe, que significa barco. Trata-se de uma orquídea típica de regiões de elevadas altitudes, no continente asiático, apreciando climas frios. Cultivadas há séculos pelos chineses, as orquídeas Cymbidium tornaram-se populares na Europa durante a Era Vitoriana. Os ingleses costumavam utilizar a linguagem secreta das flores para presentear e enviar mensagens simultaneamente. Cada flor, cada cor, e até mesmo as quantidades de flores em um bouquet, possuíam um significado particular.
Cymbidium híbrido |
Aqui no apartamento, cultivo esta orquídea híbrida do gênero Cymbidium,
da foto acima, há vários anos, sem nunca ter visto uma floração sequer. Toda
vez que eu observava um novo brotinho nascendo, próximo à base da planta mãe,
meu coração enchia-se de esperança. Será que desta vez virá uma haste floral?
Nunca vinha. A criatura soltava mais um broto, que desenvolvia folhas e mais
folhas. Já estava conformado, acreditando que orquídeas Cymbidium não
floresciam em apartamento, quando um evento inesperado ocorreu.
Uma vez que consegui reverter esta situação, fazendo com que a orquídea finalmente desse flor, decidi escrever este artigo para auxiliar quem passe pelo mesmo problema. Uma das questões recorrentes dos leitores do blog é quanto à ausência de florações da orquídea Cymbidium. É muito frequente observarmos pessoas que ganham esta orquídea de presente e, após o fenecimento das flores, nunca mais as vêem novamente. Muitos chegam a descartá-las, por acreditarem que não florescerão mais. Não por acaso, o Cymbidium, juntamente com a Phalaenopsis, é uma das orquídeas mais abundantes no projeto Hospital das Orquídeas, onde exemplares abandonados são cultivados e recuperados até reflorescerem.
Um erro bastante comum que costumo observar é colocar a orquídea Cymbidium nos troncos de árvores, após o término da floração. Ao contrário da Phalaenopsis, que é epífita, o Cymbidium é uma planta de hábito terrestre. Suas raízes não são adaptadas à vida sobre outras plantas, não sendo capazes de aderir aos troncos. Além disso, as copas das árvores produzem um sombreamento excessivo para que a floração deste gênero de orquídea aconteça.
Como se trata de uma orquídea originária de países de clima frio e altitudes elevadas, as altas temperaturas tropicais são um forte empecilho para que suas florações ocorram. No entanto, sempre vale a pena tentar. A seguir, dou algumas dicas de como fazer com que sua orquídea Cymbidium floresça.
Uma vez que consegui reverter esta situação, fazendo com que a orquídea finalmente desse flor, decidi escrever este artigo para auxiliar quem passe pelo mesmo problema. Uma das questões recorrentes dos leitores do blog é quanto à ausência de florações da orquídea Cymbidium. É muito frequente observarmos pessoas que ganham esta orquídea de presente e, após o fenecimento das flores, nunca mais as vêem novamente. Muitos chegam a descartá-las, por acreditarem que não florescerão mais. Não por acaso, o Cymbidium, juntamente com a Phalaenopsis, é uma das orquídeas mais abundantes no projeto Hospital das Orquídeas, onde exemplares abandonados são cultivados e recuperados até reflorescerem.
Um erro bastante comum que costumo observar é colocar a orquídea Cymbidium nos troncos de árvores, após o término da floração. Ao contrário da Phalaenopsis, que é epífita, o Cymbidium é uma planta de hábito terrestre. Suas raízes não são adaptadas à vida sobre outras plantas, não sendo capazes de aderir aos troncos. Além disso, as copas das árvores produzem um sombreamento excessivo para que a floração deste gênero de orquídea aconteça.
Como se trata de uma orquídea originária de países de clima frio e altitudes elevadas, as altas temperaturas tropicais são um forte empecilho para que suas florações ocorram. No entanto, sempre vale a pena tentar. A seguir, dou algumas dicas de como fazer com que sua orquídea Cymbidium floresça.
Como fazer o Cymbidium florescer
Esta é uma orquídea que as pessoas parecem ter dificuldade em fazer florescer, a julgar pela quantidade de perguntas e relatos que costumo receber. No meu caso, confesso, havia desistido completamente desta planta. Como a orquídea estava ocupando muito espaço aqui no apartamento, o pobre Cymbidium foi relegado a uma área menos nobre da varanda, exposta ao sol direto da tarde. Devido à orientação oeste do apartamento, a insolação é abundante e escaldante, neste horário. As outras orquídeas eram cultivadas sob a proteção de telas de sombreamento.
Esta mudança de localização, de um local protegido do sol para outro sob sol
pleno, foi o que bastou para que dois novos brotos, desta vez mais
rechonchudos, começassem a crescer. Diferentes dos anteriores, que eram
delgados, estes pareciam conter algo dentro. Além disso, exibiam aquelas
típicas gotículas que costumamos encontrar em hastes e botões florais.
Novos brotos e hastes florais, quando estão bem no início do desenvolvimento, são bastante parecidos na orquídea Cymbidium. Até hoje, não sei ao certo quando é um ou outro. No entanto, algumas pistas podem ser usadas para ajudar na identificação. Novos brotos costumam surgir durante a primavera e verão, quando a orquídea está se desenvolvendo vegetativamente. As hastes florais, por sua vez, costumam surgir no final do outono, início do inverno, épocas típicas de floração do Cymbidium. Além disso, como mencionado acima, os novos brotos são mais delgados, ao passo que as hastes costumam ser mais roliças.
Voltando ao meu Cymbidium empacado, acidentalmente, acabei descobrindo que esta orquídea necessita de bastante luminosidade, inclusive sol direto, para que possa florescer, na estação apropriada. Outro artigo sobre a importância da luz na floração de orquídeas em geral pode ser lido no link abaixo:
A orquídea Cymbidium é nativa de países como China, Indonésia e Japão. Sua ocorrência se dá principalmente em locais de clima temperado e altitudes elevadas. Esta é uma orquídea famosa por ser encontrada nativamente aos pés do Himalaia. Além disso, há algumas espécies que ocorrem na Austrália. Trata-se de um gênero bastante cultivado pelos chineses e japoneses, ao longo dos séculos. Há belíssimas exposições de Cymbidium nestes países, onde as orquídeas são apresentadas em lindos vasos altos e estreitos de cerâmica, finamente ornamentados. Nunca os vi por aqui.
O Cymbidium foi descrito em 1799 por Olof Swartz e seus híbridos espalharam-se pelo mundo todo, popularizados por seu alto valor ornamental. Por incrível que possa parecer, a orquídea Cymbidium possui um parentesco próximo com o gênero Grammatophyllum, que possui representantes conhecidos por seu porte avantajado. Uma de suas espécies é considerada a maior orquídea do mundo. Devido a esta semelhança genética, há híbridos intergenéricos de Cymbidium com Grammatophyllum. Este gênero de orquídea também tem uma proximidade genética com Catasetum.
Aqui no Brasil, é muito raro encontrarmos espécies puras de Cymbidium em cultivo. Elas são, inclusive, muito pouco conhecidas, já que existe uma multidão de híbridos vendidos em todos os lugares, desde floriculturas e garden centers até feiras e supermercados. Devido a esta grande mistura genética, é difícil estabelecer a origem de cada Cymbidium. Dependendo das espécies utilizadas, a orquídea resultante terá características particulares. Há inclusive um esforço por parte dos hibridizadores no sentido de produzir orquídeas Cymbidium mais tolerantes ao calor, como é o caso de alguns híbridos pendentes.
O principal passo para se cultivar a orquídea Cymbidium com sucesso é conhecer sua origem e saber seu modo de vida. Diferentemente da maioria das orquídeas epífitas, que vivem sobre as árvores, o Cymbidium é predominantemente terrestre. Este detalhe vai ditar todos os fatores de cultivo, tais como tipo de vaso, substrato, luminosidade e adubação.
O vaso pode ser de barro, cerâmica ou plástico, embora este último seja o mais utilizado. É fácil reconhecer o vaso apropriado para o plantio desta orquídea Cymbidium, que é mais estreito e alto, sempre de plástico preto. Alternativamente, há quem plante o Cymbidium diretamente na terra, no jardim. Esta orquídea também fica muito bonita em grandes vasos de cimento, do tipo bacia, que podem ser exibidos no alto de pequenas colunas.
O substrato pode ser uma mistura de terra e substrato composto por casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. O ideal é que seja um mix rico em material orgânico.
As regas podem ser frequentes, mas nunca excessivas de modo a encharcar o substrato. Como toda orquídea, o Cymbidium não gosta de ficar com as raízes úmidas por muito tempo. Neste sentido, o principal procedimento é evitar a utilização do pratinho sob o vaso.
Esta é uma orquídea que dificilmente dará flores se cultivada dentro de casas ou apartamentos. É uma planta para jardins e áreas externas, onde há bastante espaço e sol direto. Aqui no apartamento, por ter uma varanda bastante ensolarada, até demais para a maioria das orquídeas, venho obtendo boas florações de Cymbidium, embora sofra com as pragas.
Ainda que esta seja uma orquídea exótica, os insetos parasitas locais fazem a festa. Aqui na varanda do apartamento, sofro bastante com a incidência de cochonilhas, principalmente as de carapaça, que fazem verdadeiras colônias ao longo das folhas, principalmente nas regiões mais inacessíveis aos nossos olhos. Além disso, os botões florais, por produzirem aquelas gotículas adocicadas, são prontamente atacados por pulgões. Costumo fazer a retirada manual destas pragas, para não prejudicar a orquídea e os animais de estimação.
Para mais detalhes sobre o cultivo de orquídeas em geral, principalmente em apartamento, recomendo a leitura do artigo abaixo:
Novos brotos e hastes florais, quando estão bem no início do desenvolvimento, são bastante parecidos na orquídea Cymbidium. Até hoje, não sei ao certo quando é um ou outro. No entanto, algumas pistas podem ser usadas para ajudar na identificação. Novos brotos costumam surgir durante a primavera e verão, quando a orquídea está se desenvolvendo vegetativamente. As hastes florais, por sua vez, costumam surgir no final do outono, início do inverno, épocas típicas de floração do Cymbidium. Além disso, como mencionado acima, os novos brotos são mais delgados, ao passo que as hastes costumam ser mais roliças.
Voltando ao meu Cymbidium empacado, acidentalmente, acabei descobrindo que esta orquídea necessita de bastante luminosidade, inclusive sol direto, para que possa florescer, na estação apropriada. Outro artigo sobre a importância da luz na floração de orquídeas em geral pode ser lido no link abaixo:
Como fazer sua orquídea florescer: Luz
Outros dois fatores são muito importantes para estimular a floração de
orquídeas do gênero Cymbidium: o frio e a adubação. A queda de
temperatura, na época certa, é um sinal climático que desencadeia uma
série de alterações fisiológicas na planta, iniciando seu processo de
floração. Este conjunto de sinais começa no outono e estende-se até o
inverno, quando os dias tornam-se mais curtos e a temperatura cai,
principalmente durante a noite. Esta diferença de temperatura entre o dia
e a noite é um fator importante para que o
Cymbidium floresça.
Uma dica importante, que eu costumo utilizar para este fim, é fornecer uma adubação adequada à orquídea. Existem formulações específicas para este tipo de planta no mercado, podendo ser química ou orgânica. Pessoalmente, acho a adubação do tipo NPK, com macro e micronutrientes, mais prática e inodora. Os adubos orgânicos precisam ser decompostos para liberarem os nutrientes às raízes da orquídea. Este processo acaba gerando odores desagradáveis e atrai insetos.
Também há no mercado adubos desenvolvidos especialmente para ajudar na floração de orquídeas. São fertilizantes com uma composição mais rica em fósforo. Na fórmula NPK, o valor do meio (P) é maior. Apenas como exemplo, um adubo 10-30-10 apresenta tipicamente uma composição destinada a estimular a floração da orquídea. Há inúmeras outras composições e proporções, mas adubos de floração sempre possuem mais fósforo. Já as fórmulas de manutenção são equilibradas. Uma composição típica seria 10-10-10 ou 20-20-20. De novo, há variações. Eu aplico o adubo de floração a cada quinze dias, alternando-o com o adubo de manutenção.
Para um artigo detalhado sobre adubação de orquídeas, principalmente para aqueles que cultivam em apartamento, recomendo o artigo abaixo:
Uma dica importante, que eu costumo utilizar para este fim, é fornecer uma adubação adequada à orquídea. Existem formulações específicas para este tipo de planta no mercado, podendo ser química ou orgânica. Pessoalmente, acho a adubação do tipo NPK, com macro e micronutrientes, mais prática e inodora. Os adubos orgânicos precisam ser decompostos para liberarem os nutrientes às raízes da orquídea. Este processo acaba gerando odores desagradáveis e atrai insetos.
Também há no mercado adubos desenvolvidos especialmente para ajudar na floração de orquídeas. São fertilizantes com uma composição mais rica em fósforo. Na fórmula NPK, o valor do meio (P) é maior. Apenas como exemplo, um adubo 10-30-10 apresenta tipicamente uma composição destinada a estimular a floração da orquídea. Há inúmeras outras composições e proporções, mas adubos de floração sempre possuem mais fósforo. Já as fórmulas de manutenção são equilibradas. Uma composição típica seria 10-10-10 ou 20-20-20. De novo, há variações. Eu aplico o adubo de floração a cada quinze dias, alternando-o com o adubo de manutenção.
Para um artigo detalhado sobre adubação de orquídeas, principalmente para aqueles que cultivam em apartamento, recomendo o artigo abaixo:
Cymbidium híbrido |
Origem da orquídea Cymbidium
A orquídea Cymbidium é nativa de países como China, Indonésia e Japão. Sua ocorrência se dá principalmente em locais de clima temperado e altitudes elevadas. Esta é uma orquídea famosa por ser encontrada nativamente aos pés do Himalaia. Além disso, há algumas espécies que ocorrem na Austrália. Trata-se de um gênero bastante cultivado pelos chineses e japoneses, ao longo dos séculos. Há belíssimas exposições de Cymbidium nestes países, onde as orquídeas são apresentadas em lindos vasos altos e estreitos de cerâmica, finamente ornamentados. Nunca os vi por aqui.
O Cymbidium foi descrito em 1799 por Olof Swartz e seus híbridos espalharam-se pelo mundo todo, popularizados por seu alto valor ornamental. Por incrível que possa parecer, a orquídea Cymbidium possui um parentesco próximo com o gênero Grammatophyllum, que possui representantes conhecidos por seu porte avantajado. Uma de suas espécies é considerada a maior orquídea do mundo. Devido a esta semelhança genética, há híbridos intergenéricos de Cymbidium com Grammatophyllum. Este gênero de orquídea também tem uma proximidade genética com Catasetum.
Aqui no Brasil, é muito raro encontrarmos espécies puras de Cymbidium em cultivo. Elas são, inclusive, muito pouco conhecidas, já que existe uma multidão de híbridos vendidos em todos os lugares, desde floriculturas e garden centers até feiras e supermercados. Devido a esta grande mistura genética, é difícil estabelecer a origem de cada Cymbidium. Dependendo das espécies utilizadas, a orquídea resultante terá características particulares. Há inclusive um esforço por parte dos hibridizadores no sentido de produzir orquídeas Cymbidium mais tolerantes ao calor, como é o caso de alguns híbridos pendentes.
Como cuidar da orquídea Cymbidium
O principal passo para se cultivar a orquídea Cymbidium com sucesso é conhecer sua origem e saber seu modo de vida. Diferentemente da maioria das orquídeas epífitas, que vivem sobre as árvores, o Cymbidium é predominantemente terrestre. Este detalhe vai ditar todos os fatores de cultivo, tais como tipo de vaso, substrato, luminosidade e adubação.
O vaso pode ser de barro, cerâmica ou plástico, embora este último seja o mais utilizado. É fácil reconhecer o vaso apropriado para o plantio desta orquídea Cymbidium, que é mais estreito e alto, sempre de plástico preto. Alternativamente, há quem plante o Cymbidium diretamente na terra, no jardim. Esta orquídea também fica muito bonita em grandes vasos de cimento, do tipo bacia, que podem ser exibidos no alto de pequenas colunas.
O substrato pode ser uma mistura de terra e substrato composto por casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco. O ideal é que seja um mix rico em material orgânico.
As regas podem ser frequentes, mas nunca excessivas de modo a encharcar o substrato. Como toda orquídea, o Cymbidium não gosta de ficar com as raízes úmidas por muito tempo. Neste sentido, o principal procedimento é evitar a utilização do pratinho sob o vaso.
Esta é uma orquídea que dificilmente dará flores se cultivada dentro de casas ou apartamentos. É uma planta para jardins e áreas externas, onde há bastante espaço e sol direto. Aqui no apartamento, por ter uma varanda bastante ensolarada, até demais para a maioria das orquídeas, venho obtendo boas florações de Cymbidium, embora sofra com as pragas.
Ainda que esta seja uma orquídea exótica, os insetos parasitas locais fazem a festa. Aqui na varanda do apartamento, sofro bastante com a incidência de cochonilhas, principalmente as de carapaça, que fazem verdadeiras colônias ao longo das folhas, principalmente nas regiões mais inacessíveis aos nossos olhos. Além disso, os botões florais, por produzirem aquelas gotículas adocicadas, são prontamente atacados por pulgões. Costumo fazer a retirada manual destas pragas, para não prejudicar a orquídea e os animais de estimação.
Para mais detalhes sobre o cultivo de orquídeas em geral, principalmente em apartamento, recomendo a leitura do artigo abaixo:
Cymbidium híbrido |
Gelo para o Cymbidium dar flores
Devo salientar que nunca tentei este método e não posso opinar sobre sua eficácia. Confesso que sou, inclusive, um pouco cético. No entanto, costumo ler a dica de se regar a orquídea Cymbidium com água gelada, no começo do outono. Há quem também aconselhe a colocar algumas pedras de gelo no vaso, sobre o substrato, preferencialmente à noite.
Desta forma, tenta-se simular a queda de temperatura típica da transição do verão para o outono, ausente nas regiões de climas com temperaturas mais elevadas. Já li relatos de pessoas que obtiveram florações com a utilização desta técnica. Aqui em São Paulo, o Cymbidium costuma florescer sem a aplicação deste recurso, embora com alguma dificuldade.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil