| Sophronitis coccinea | |
Orquídea delicada e de pequeno porte, ostentando flores relativamente grandes
quando comparadas à parte vegetativa, a Sophronitis coccinea é ideal
para aqueles que apreciam miniaturas e dispõem de pouco espaço para cultivar
suas plantas. Quando falamos em
orquídeas vermelhas, a Sophronitis coccinea é a primeira espécie que nos vem à mente.
Apesar disso, é uma orquídea exigente, que requer condições climáticas bem
específicas. Por este motivo, nem sempre é possível cultivar esta
orquídea em apartamentos. A seguir, daremos algumas informações e dicas de cultivo desta bela
miniatura escarlate.
A Sophronitis coccinea é uma orquídea brasileira, encontrada em regiões de elevadas altitudes da Mata Atlântica, típica dos estados do sul e sudeste brasileiros. Por este motivo, trata-se de uma espécie que aprecia climas mais amenos. Seu cultivo é mais complicado em regiões de clima muito quente ou seco. O nome da espécie, coccinea, é originário da palavra latina coccineus, que significa escarlate, em referência ao intenso colorido vermelho de suas flores. É raro encontrarmos espécies de orquídeas nesta coloração.
A Sophronitis coccinea é uma orquídea brasileira, encontrada em regiões de elevadas altitudes da Mata Atlântica, típica dos estados do sul e sudeste brasileiros. Por este motivo, trata-se de uma espécie que aprecia climas mais amenos. Seu cultivo é mais complicado em regiões de clima muito quente ou seco. O nome da espécie, coccinea, é originário da palavra latina coccineus, que significa escarlate, em referência ao intenso colorido vermelho de suas flores. É raro encontrarmos espécies de orquídeas nesta coloração.
Por este motivo, a Sophronitis coccinea é uma das principais
responsáveis por conferir a cor vermelha às orquídeas híbridas que conhecemos
hoje. Outra característica marcante, bastante explorada pelos hibridizadores,
é o tamanho avantajado das flores, quando comparadas à parte vegetativa da
planta. O único porém é que, de alguma forma, esta orquídea temperamental e
exigente quanto ao cultivo acaba transferindo estas características aos seus
descendentes. Nem sempre é tranquilo cultivar orquídeas vermelhas,
principalmente aquelas que são provenientes de cruzamentos envolvendo a
espécie coccinea.
Por aqui, já passaram célebres orquídeas vermelhas que possuem a Sophronitis coccinea em sua genealogia. Uma delas é a Sophrolaeliocattleya Jewel Box 'Dark Waters'. O nome do híbrido, aparentemente complexo, nada mais é do que uma junção dos gêneros Sophronitis, Laelia e Cattleya. Outra clássica orquídea escarlate, de cor e textura impressionantes, também descendente da Sophronitis coccinea, é a Sophrolaeliocattleya Tutankamen 'Pop'. Estas duas são orquídeas híbridas muito maiores do que a espécie coccinea, graças ao cruzamento com outros gêneros.
Já o híbrido primário Sophrolaelia Jinn possui um porte comparável ao da sua progenitora. Trata-se de um resultado do cruzamento entre a Sophronitis coccinea e a Laelia milleri. Esta é uma graciosa mini orquídea vermelha, com delicadas flores em forma de estrela. É uma das minhas favoritas e, não por acaso, foi escolhida para ser o logo das Orquídeas no Apê.
Bastante similar à Sophronitis coccinea, o híbrido primário Sophronitis Arizona é resultante do cruzamento desta espécie com a Sophronitis brevipedunculata. As flores desta mini orquídea vermelha são ainda maiores, apresentando uma estruturação fantástica das pétalas e sépalas, bem largas e com ótima armação.
Também temos vários casos de híbridos primários, descendentes da
Sophronitis coccinea, que não são vermelhos. A
Sophrocattleya Batemaniana, por exemplo, fruto do cruzamento desta espécie com a
Cattleya intermedia, possui uma intensa coloração pink, puxando
para o cereja. A Sophrolaelia Orpetii, bastante cobiçada pelos
colecionadores, apresenta grandes flores na cor magenta, que se tornam
cintilantes sob a luz do sol. Trata-se de um híbrido primário resultante do
cruzamento entre a Sophronitis coccinea e a Laelia pumila.
Há ainda a Sophrolaelia Coral Orb que, como seu nome indica, produz flores na rara coloração coral. Neste caso, a hibridização envolve a Laelia alaorii. Por fim, temos uma belíssima mini orquídea com flores alaranjadas, a Sophrolaelia Marriotiana, fruto do cruzamento entre a Sophronitis coccinea e a Laelia flava, que é amarela.
Apesar de ser internacionalmente conhecida como 'a orquídea vermelha', a Sophronitis coccinea também pode ser encontrada em outras cores. A forma considerada tipo é a vermelha, a mais frequentemente encontrada na natureza e nas coleções. Ironicamente, estas variações que tendem ao laranja e amarelo são ainda mais raras do que a original vermelha. A forma áurea, totalmente amarela, é uma orquídea rara e muito cobiçada pelos colecionadores desta espécie.
Uma prima não tão conhecida da Sophronitis coccinea é a Sophronitis wittigiana, que apresenta flores em tamanho e formato bastante parecidos, variando apenas quanto à coloração. Suas pétalas e sépalas exibem um tom pastel de pink muito charmoso, uma cor que nos remete ao tom do rosa velho.
Por aqui, já passaram célebres orquídeas vermelhas que possuem a Sophronitis coccinea em sua genealogia. Uma delas é a Sophrolaeliocattleya Jewel Box 'Dark Waters'. O nome do híbrido, aparentemente complexo, nada mais é do que uma junção dos gêneros Sophronitis, Laelia e Cattleya. Outra clássica orquídea escarlate, de cor e textura impressionantes, também descendente da Sophronitis coccinea, é a Sophrolaeliocattleya Tutankamen 'Pop'. Estas duas são orquídeas híbridas muito maiores do que a espécie coccinea, graças ao cruzamento com outros gêneros.
Já o híbrido primário Sophrolaelia Jinn possui um porte comparável ao da sua progenitora. Trata-se de um resultado do cruzamento entre a Sophronitis coccinea e a Laelia milleri. Esta é uma graciosa mini orquídea vermelha, com delicadas flores em forma de estrela. É uma das minhas favoritas e, não por acaso, foi escolhida para ser o logo das Orquídeas no Apê.
Bastante similar à Sophronitis coccinea, o híbrido primário Sophronitis Arizona é resultante do cruzamento desta espécie com a Sophronitis brevipedunculata. As flores desta mini orquídea vermelha são ainda maiores, apresentando uma estruturação fantástica das pétalas e sépalas, bem largas e com ótima armação.
Híbridos da Sophronitis coccinea Sophrolaelia Orpetii, Sophrolaelia Marriotiana, Sophrolaelia Coral Orb, Sophrolaelia Jinn, Sophrocattleya Batemaniana |
Há ainda a Sophrolaelia Coral Orb que, como seu nome indica, produz flores na rara coloração coral. Neste caso, a hibridização envolve a Laelia alaorii. Por fim, temos uma belíssima mini orquídea com flores alaranjadas, a Sophrolaelia Marriotiana, fruto do cruzamento entre a Sophronitis coccinea e a Laelia flava, que é amarela.
Apesar de ser internacionalmente conhecida como 'a orquídea vermelha', a Sophronitis coccinea também pode ser encontrada em outras cores. A forma considerada tipo é a vermelha, a mais frequentemente encontrada na natureza e nas coleções. Ironicamente, estas variações que tendem ao laranja e amarelo são ainda mais raras do que a original vermelha. A forma áurea, totalmente amarela, é uma orquídea rara e muito cobiçada pelos colecionadores desta espécie.
Uma prima não tão conhecida da Sophronitis coccinea é a Sophronitis wittigiana, que apresenta flores em tamanho e formato bastante parecidos, variando apenas quanto à coloração. Suas pétalas e sépalas exibem um tom pastel de pink muito charmoso, uma cor que nos remete ao tom do rosa velho.
Como cuidar da Sophronitis coccinea
Orquídea típica dos ambientes úmidos da Serra do Mar, apreciadora de climas
mais amenos, é considerada uma planta de difícil cultivo. A
Sophronitis coccinea não se adapta a regiões muito quentes ou secas. Ao
mesmo tempo em que a elevada umidade relativa do ar é imprescindível para um
bom cultivo desta orquídea, as regas constantes e o excesso de água no
substrato contribuem para o apodrecimento de seus delicados pseudobulbos. É um
balanço difícil de ser encontrado, razão pela qual, muitas vítimas já
feneceram sob meus cuidados.
Cultivadores experientes de Sophronitis coccinea recomendam utilizar musgo sphagnum da Nova Zelândia e pequenos vasos de cerâmica. Esta combinação proporciona a dosagem ideal de umidade e ventilação às raízes desta exigente orquídea. Outros orquidófilos costumam relatar sucesso no cultivo utilizando os cones de barro, vasos invertidos que são capazes de armazenar água em seu interior.
Bandejas umidificadoras também são extremamente úteis, principalmente para os cultivadores de apartamento ou interiores. Estes aparatos consistem simplesmente em uma bandeja rasa ou mesmo um pratinho, acrescidos de uma camada de areia, brita ou argila expandida. No fundo, fica uma fina lâmina de água. O vaso com a Sophronitis coccinea fica sobre este conjunto, de modo que as raízes não entram em contato direto com a água.
É importante evitar a todo custo o uso do pratinho com água acumulada sob o vaso. Este é o principal responsável pelo apodrecimento das raízes, por excesso de umidade. O vaso de plástico pode ser utilizado, desde que a frequência das regas seja ajustada de acordo. Este material tende a reter água por mais tempo, fazendo com que o substrato demore mais a secar.
A Sophronitis coccinea não tolera o sol direto. Trata-se de uma orquídea adaptada à luminosidade difusa proporcionada pela sombra das copas das árvores, em meio à Mata Atlântica. Por outro lado, quanto cultivada em locais muito sombreados, esta mini orquídea vermelha pode ter dificuldade para florescer. O ideal é que ela seja cultivada sob telas de sombreamento, cuja gradação pode variar entre 50% e 70%, dependendo do clima e da intensidade do sol no local de cultivo.
A adubação da Sophronitis coccinea pode ser orgânica ou inorgânica, também chamada equivocadamente de química. Existe uma enorme variedade de misturas e composições disponíveis no mercado. A fertilização de orquídeas costuma variar muito de cultivador para cultivador, sendo uma questão de preferência pessoal. O importante é sabermos que, por se tratar de uma planta epífita, que vive apenas com materiais que chegam às suas raízes através da água da chuva e dos dejetos de insetos e pequenos animais, nas florestas tropicais, esquemas muito pesados de adubação são desnecessários. O excesso de fertilizante pode acabar queimando as raízes da orquídea, exercendo um efeito oposto ao inicialmente desejado.
Muito embora a Sophronitis coccinea seja uma orquídea geniosa, de temperamento difícil, eu particularmente acho irresistível o charme de suas flores vermelhas. Sempre que encontro uma à venda, acabo não resistindo e levando-a para casa. Esta é uma orquídea que não encontramos em floriculturas, feiras, supermercados ou garden centers.
A melhor forma de se comprar uma Sophronitis coccinea é garimpando nas áreas de vendas das exposições de orquídeas. Falando diretamente com os produtores, podemos encontrar exemplares saudáveis e de procedência conhecida. Devemos, a todo custo, evitar adquirir orquídeas coletadas ilegalmente da natureza. As orquídeas adquiridas de fornecedores idôneos são produzidas em larga escala, em estufas, originárias de sementes germinadas em laboratório ou produzidas a partir da clonagem de exemplares excepcionais, através da propagação de meristemas.
Cultivadores experientes de Sophronitis coccinea recomendam utilizar musgo sphagnum da Nova Zelândia e pequenos vasos de cerâmica. Esta combinação proporciona a dosagem ideal de umidade e ventilação às raízes desta exigente orquídea. Outros orquidófilos costumam relatar sucesso no cultivo utilizando os cones de barro, vasos invertidos que são capazes de armazenar água em seu interior.
Bandejas umidificadoras também são extremamente úteis, principalmente para os cultivadores de apartamento ou interiores. Estes aparatos consistem simplesmente em uma bandeja rasa ou mesmo um pratinho, acrescidos de uma camada de areia, brita ou argila expandida. No fundo, fica uma fina lâmina de água. O vaso com a Sophronitis coccinea fica sobre este conjunto, de modo que as raízes não entram em contato direto com a água.
É importante evitar a todo custo o uso do pratinho com água acumulada sob o vaso. Este é o principal responsável pelo apodrecimento das raízes, por excesso de umidade. O vaso de plástico pode ser utilizado, desde que a frequência das regas seja ajustada de acordo. Este material tende a reter água por mais tempo, fazendo com que o substrato demore mais a secar.
A Sophronitis coccinea não tolera o sol direto. Trata-se de uma orquídea adaptada à luminosidade difusa proporcionada pela sombra das copas das árvores, em meio à Mata Atlântica. Por outro lado, quanto cultivada em locais muito sombreados, esta mini orquídea vermelha pode ter dificuldade para florescer. O ideal é que ela seja cultivada sob telas de sombreamento, cuja gradação pode variar entre 50% e 70%, dependendo do clima e da intensidade do sol no local de cultivo.
A adubação da Sophronitis coccinea pode ser orgânica ou inorgânica, também chamada equivocadamente de química. Existe uma enorme variedade de misturas e composições disponíveis no mercado. A fertilização de orquídeas costuma variar muito de cultivador para cultivador, sendo uma questão de preferência pessoal. O importante é sabermos que, por se tratar de uma planta epífita, que vive apenas com materiais que chegam às suas raízes através da água da chuva e dos dejetos de insetos e pequenos animais, nas florestas tropicais, esquemas muito pesados de adubação são desnecessários. O excesso de fertilizante pode acabar queimando as raízes da orquídea, exercendo um efeito oposto ao inicialmente desejado.
Considerações finais
Muito embora a Sophronitis coccinea seja uma orquídea geniosa, de temperamento difícil, eu particularmente acho irresistível o charme de suas flores vermelhas. Sempre que encontro uma à venda, acabo não resistindo e levando-a para casa. Esta é uma orquídea que não encontramos em floriculturas, feiras, supermercados ou garden centers.
A melhor forma de se comprar uma Sophronitis coccinea é garimpando nas áreas de vendas das exposições de orquídeas. Falando diretamente com os produtores, podemos encontrar exemplares saudáveis e de procedência conhecida. Devemos, a todo custo, evitar adquirir orquídeas coletadas ilegalmente da natureza. As orquídeas adquiridas de fornecedores idôneos são produzidas em larga escala, em estufas, originárias de sementes germinadas em laboratório ou produzidas a partir da clonagem de exemplares excepcionais, através da propagação de meristemas.
Publicado em: | Última atualização:
Por Sergio Oyama Junior
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil
Bacharel em biologia pela Unicamp, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Usp, escreve sobre o cultivo de orquídeas, suculentas, cactos e outras plantas dentro de casas e apartamentos.
São Paulo, SP, Brasil